Madonna é uma verdadeira party girl. A cantora festejou a entrada nos 65 anos em Lisboa com mais de 30 amigos, vindos de todo o mundo. Depois de muita especulação e partilhas dos amigos, a cantora partilhou um curto vídeo no Instagram, onde compilou uma série de momentos vividos nos últimos dias na capital.
Nos primeiros segundos do vídeo vemos a cantora de “Like a Virgin” a preparar-se para a festa. Depois seguem-se uma série de imagens em diferentes cenários. Desde passeios de barco em Cascais, a andar a cavalo na praia, às várias refeições e muitas festas, Madonna mostrou como se celebra.
“É ótimo estar viva. E extraordinário ser capaz de calçar os meus sapatos de dança e celebrar o meu aniversário. Estou muito grata. Obrigada Lisboa e a todos os que o tornaram possível”, escreveu a cantora na legenda da publicação que conta já com mais de 170 mil gostos.
A artista identificou vários artistas, como Dino D’Santiago e vários locais por onde passou nas comemorações do 23.º aniversário do filho Rocco, bem como do seu.
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As festividades começaram na segunda-feira, 14 de agosto, para celebrar o aniversário do filho. A data foi assinalada numa festa que juntou, na Casa de Linhares, em Alfama, amigos os outros seis filhos e um bolo de aniversário em forma de guitarra portuguesa. A estrela não se cansou de partilhar as fotografias da noite na sua conta de Instagram.
No antigo Palácio dos Condes de Linhares, o que impressiona, em primeiro lugar, é a arquitetura: tetos em cúpula, enormes colunas de pedra e paredes grossas decoradas com tapeçarias majestosas. Mas o elenco de fadistas também não dececiona: é liderado por Jorge Fernando. O menu, que aposta em sabores típicos, é da responsabilidade do chef João Pedro Dionísio.
Durante todo o dia da visita da estrela estiveram acesas mais de 100 velas de essência de gardénia, que será o seu cheiro favorito. “Gosta muito”, confirmou a fonte do “Observador”, acrescentando que foi a artista quem as “mandou vir” para o espaço. O jantar contou com cerca de 45 pessoas, entre amigos da mãe e do filho.
Madonna mantém uma relação de amizade com a fadista Vânia Duarte, proprietária do espaço, desde os tempos em que viveu em Lisboa. A artista terá entregue uma lista com vários nomes que gostaria que atuassem durante a noite. Fábia Rebordão foi uma das presentes, informação que a fadista confirmou ao “Observador”. “Atuei para ela sim, e para os seus convidados na segunda-feira. Conheci a Madonna através do Dino d’Santiago, que a levou a ouvir-me à Casa de Linhares, e logo aí foi-me feito o convite para entrar no seu último documentário, ‘Madame X’, o que muito me honrou. Cantámos juntas no documentário e também dançámos. Foi uma festa.”
A primeira festa no Bistro 100 Maneiras
As celebrações não paráram por aí. Na terça-feira, 15 de agosto, Madonna fez um primeiro jantar de aniversário no Bistro 100 Maneiras, do chef Ljubomir Stanisic. “Sim, de facto a artista esteve a jantar no Bistro 100 Maneiras e somos muito honrados pela preferência dela”, confirmaram os porta-vozes à NiT. “No entanto, respeitamos a privacidade de todos os nossos clientes, por isso, não temos mais nada a declarar”, acrescentaram.
Marvin Gofin, bailarino de Madonna, partilhou no Instagram um vídeo que mostra a cantora a soprar as velas à meia-noite. “Será que vou acordar amanhã, sim ou não? Estou a brincar. É ótimo estar viva”, ouve-se dizer.
Também o próprio restaurante partilhou, nas redes sociais, um vídeo que dá conta da presença da conceituada artista no local. Depois, Madonna seguiu com os amigos e familiares para o Tejo Bar, em Alfama, onde todos estiveram a ouvir música e a conviver.
A entrada a cavalo Palácio do Grilo
Para a agrande festa, a cantora escolheu um restaurante aberto há um ano na capital — e, como seria de esperar, não é um qualquer. Trata-se, sim, do Palácio do Grilo, o espaço, em Lisboa, onde os clientes comem dentro de um teatro vivo. Tudo aconteceu na noite de quarta para quinta-feira (16 e 17 de agosto).
“Sim, é verdade. A Madonna esteve cá e correu lindamente. Convidou cerca de 60 amigos — e estiveram sempre muito animados”, confirmou à NiT Julien Labrousse, o responsável pelo projeto.
Sobre os valores, o arquiteto não falou, mas confirmou que a artista pagou por tudo — afinal, “foi ela quem os convidou”. A cantora tinha já feito a reserva atempadamente, e o espaço esteve fechado apenas para a ocasião.
“Estiveram cá entre as 21 horas e as 5 horas da manhã”, explicou. E, como não podia faltar, a comida e as performances fizeram parte de todo o serão. “Comeram fingerfood”, avançou ainda o empreendedor de 45 anos.
Isto porque o Palácio do Grilo não serve apenas jantar, mas também não se resume a uma performance. No fundo, quem ali chega, ao Beato, em Lisboa, vai ter a oportunidade de jantar ou beber um copo ao mesmo tempo que vive uma experiência única, “num lugar singular, diferente de qualquer outro espaço”.
Madonna convidou vários cantores conhecidos para com ela assinalarem a data. Soraia Ramos, por exemplo, foi vista a entrar no local. “A Madonna passou a noite a felicitar toda a gente. Esteve mesmo muito feliz”, avançou ainda Julien.
Ali nada foi deixado por pensar — nem mesmo a entrada da artista. Sabe-se que Madonna tem uma obsessão com cavalos, e na noite do aniversário só podia levá-la a outro nível. Apesar de ter chegado de carro ao recinto, um cavalo fez mesmo parte da festa (dentro da própria sala). O momento — que por si só já era dramático — não se ficou por aqui: teve ainda o apoio de uma performance dos artistas residentes da antiga casa dos Duques de Lafões, no Beato, em Lisboa.
A cantora nunca tinha estado no Palácio do Grilo. A escolha do local deve-se a Joana Vilarinho, uma das assistentes portuguesas, em quem Madonna “confia muito”, avançou o “Observador”. “[A assistente] é cliente regular do Palácio e gosta muito dos performers, do local e da parte criativa, por isso pediu uma performance específica para o aniversário [de Madonna].”
O pedido para receber a festa de aniversário terá chegado ao Palácio do Grilo há cerca de um mês, mas a preparação da festa só começou a ser feita há 10 dias, já que a organização recebeu a proposta com uma certa perplexidade, sobretudo porque a artista já não mora em Lisboa há cerca de três anos.
Julien Labrousse, um arquiteto de 45 anos, mudou-se de Paris para Lisboa para recuperar a antiga casa dos Duques de Lafões. Ao entrar no palácio com vista para o Tejo, dificilmente nos apercebemos de que aquele salão foi, em tempos, um picadeiro com chão de terra batida. Atualmente, o soalho de madeira maciça, de eucalipto, já não recebe cavalos — exceto em casos especiais, como aconteceu com Madonna.
A propriedade tem 350 anos, mas “bastou apenas uma pequena reabilitação” para ser transformada no palácio-museu-restaurante-bar-teatro-performativo que o dono original sempre quis. Sim, porque quando comprou o Palácio do Grilo, em 2020, Julien Labrousse descobriu um caderno do século XVIII escrito pelo primeiro proprietário, o 1.º Duque de Lafões. Lá revelava que queria precisamente isso: que no palácio cada um pudesse ser tudo o que quisesse.
A antiga casa dos Duques de Lafões foi construída depois do terramoto de 1755. Amante de arquitetura, o francês, que conheceu Portugal por um investimento que tem há cinco anos no Cabo Espichel — um eco hotel de arquitetura japonesa — foi contactado pelo antigo dono. “Sabia que eu estava ligado a projetos culturais em França e pensou que seria uma boa aposta”. Após uma profunda investigação sobre a história do Palácio, e de um investimento de sete milhões de euros, Labrousse decidiu, então, juntar outro projeto ao seu portefólio.
A 24 de junho de 2022, após ter passado dois anos “numa situação financeiramente complicada”, o Palácio abriu portas “para receber quem o queira visitar”. Tem mais de 200 divisões para conhecer entre as 11 horas e a meia-noite. A entrada é gratuita. Por lá, não será estranho encontrar performers aos saltos, aos gritos ou deitados pelo chão. Uns riem, outros tocam corneta, mas todos parecem estar noutra dimensão e noutro tempo. A música que se ouve “é do mundo”.
“O Palácio do Grilo é um restaurante no meio de um teatro vivo, onde cada membro da equipa é um ator ou intérprete, pronto a surpreendê-lo”. Todos os dias — “mais intensamente à noite” — um grupo de oito artistas fazem “pequenas atuações esporádicas” e diferentes, que tornam a experiência “ainda mais especial e a vivência do sítio de uma forma particular”. É, então, “um momento artístico alegre e festivo para todos os públicos, a qualquer hora do dia, que se adequa e adapta a todos os públicos de todas as idades”.
Ao longo do dia, são servidos oito aperitivos. A burrata & abóbora assada, com picles de uva seca e salva estaladiça é uma opção para partilhar (12€). O arco-íris de cenouras bebé e funcho, assados no forno, acompanhados por iogurte picante (6€), o conté de Borgonha 36 meses (9€) e o polpette di bollito (8€) juntam-se à primeira opção. O kabuli, um hummus de grão servido com folhas de figueira e pepino (7€), o presunto reserva 12 meses e alcaparras grandes (8€) e o pata negra 27 meses (12€), completam a seleção.
Ao almoço e ao jantar, acrescentam-se outras sugestões de cozinha portuguesa com inspiração francesa — “de qualidade e saudáveis”, garante-nos o empreendedor. Nas entradas, encontra a salada de funcho e açafrão (8€), as vieiras de curcuma (11€), o lagostim em rum escuro (11€) ou o histórico gaspacho ibérico romano com amêndoas (8€).
Entre os pratos principais, estão o Lombo de borrego de leite assado, confecionado de cabeça para baixo, com pistáchio paloise, tubérculos de outono assados com mel no forno e batatas, fritas em banha de ganso (21€), o siracus peixe-espada, com passas e chutney de limão (21€), o bourguignon, uma bochecha de vaca braseada com migalhas de pão de rábano e puré de aipo (20€), e uma proposta vegetariana: romãs e legumes assados, com lentilhas pretas e melaço de romã (16€).
À noite é servido um couvert artístico aos adultos (4€) e para os miúdos há o panko de frango com batatas fritas (por 8€) e a massa com tomate (7€). Os mais gulosos não são esquecidos. Também aqui as opções são “tão extravagantes como o restante ambiente”. Entre sorbet de figo da Índia (7€), creme brulé de chocolat noir (7€) ou cheese cake picante (6€), o difícil será escolher. Nas áreas do jardim, é possível comer ou tomar uma bebida. A carta inclui apenas referências biológicas de pequenos e médios produtores, além dos sumos de fruta e dos cocktails.
Às propostas do menu à la carte junta-se, claro, a dimensão artística. A qualquer hora do dia pode sentar-se à mesa e escolher o que quer beber ou comer enquanto assiste a “a uma vivência cultural irresistível”. Se tiver sorte, até poderá ter direito a baile ao som do piano da casa. Se quiser almoçar ou jantar por lá, como deve imaginar, é melhor fazer reserva através do site.
Madonna está a preparar uma nova digressão mundial após ter estado internada devido a uma infeção grave. O arranque da “The Celebration Tour” estava marcado para 15 de julho, na Rogers Arena, em Vancouver (Canadá), mas a súbita doença da cantora obrigou ao adiamento.
A cantora garantiu que “a nova programação chegará nos próximos dias”. E Portugal deverá fazer parte da nova tour, que começa em novembro. Esta não é a primeira vez que a artista está no País. Aliás, Madonna fixou residência em Portugal entre 2017 e 2020, onde gravou o álbum “Madam X”. Com uma carreira de quatro décadas, a cantora norte-americana já vendeu mais de 300 milhões de discos, que incluem temas como “Material Girl”, “Hung Up” e “Like a Virgin”.
Carregue na galeria para ver várias fotos as várias celebrações de Madonna em Lisboa e para ficar a conhecer melhor os restaurantes por onde a artista passou.