Sardinhas com molho teriyaki. A combinação improvável é já o prato mais pedido no Âmago Cave, garantem os proprietários Marta Caldeirão e André Coelho, que criaram o espaço como uma extensão do restaurante com o mesmo nome. Abriu em maio de 2024, mas esteve em soft opening até outubro, para perceber como é que o conceito seria aceite.
André e Marta conheceram-se na cozinha do Altis Belém, depois de ambos terem tirado o curso de gestão de produção de cozinha na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. Passaram depois pelo Feitoria, Pesca, Cave 23, Epur e Local. Em 2020, em plena pandemia, criaram o Âmago, um pequeno restaurante onde ainda hoje servem vinhos portugueses com baixa intervenção e petiscos.
No rescaldo da pandemia e com os clientes a voltarem à rotina, sentiram que estava na hora de tentar expandir o pequeno restaurante com capacidade para 30 pessoas. Não o conseguiriam sem mudar de localização, mas arranjaram uma alternativa. “Na rua perpendicular ao Âmago, na Travessa do Rosário, um espaço ficou desocupado e decidimos aproveitar. Tem capacidade apenas para 15 pessoas, mas era perfeito para funcionar como lounge, ou apenas receber os clientes que queiram beber um copo e petiscar”, explica Marta Caldeirão, de 34 anos.
Pegaram nos vinhos de baixa intervenção e de nicho que já tinham no primeiro espaço e levaram-los para o novo local. “Gostámos muito de vinho e de dar a conhecer aqueles mais invulgar e naturais. Como o grande foco aqui será o vinho, tínhamos de criar petiscos que acompanhassem”, refere.
Apostam em queijos portugueses (8,50€), também de pequenos produtores, charcutaria nacional e também alguns enlatados tradicionais como a sardinha (8€), o biqueirão (8€) e a raia (8,50€) e deram-lhes um “twist próprio”. “Adicionámos alguma acidez, gel ou mesmo um crocante. E foi daí que surgiu a ideia de juntar o molho teriyaki, muito comum da cozinha japonesa, à famosa sardinha portuguesa (8,50€)”, revela.
Inspirados num estilo francês, mantiveram a linha da mistura de cimento e madeiras e criaram um local “intemporal”. É num local mais intimista, despojado e rústico que recebem agora outros amantes de vinho para provarem o pão de fermentação lenta, barrado com manteiga caramelizada e fumada (5,50€) e acompanhado com azeitonas de Trás-os-Montes.
O resto da carta é uma extensão do Âmago, com a diferença que no Cave, servem vinhos do dia a copo. Desta forma conseguem dar a provar propostas sempre diferenciadas e variadas. As referências são vendidas a copo e dividem-se entre espumante e pet nat (9€), rosé (9€), curtimenta (10€), branco (9€) ou tinto (9€). A oferta especial do dia, escolhida por Marta e André, é vendida a 12€ o copo.
“Para nós é fundamental ter sempre diferentes opções de pequenos produtores. Vemos a procurar por novo vinhos como um hobby, por isso, além de estarmos a investir e a estudar nesta área, contactámo-los e até os convidamos a vir ao Âmago para fazer uma degustação e cedemos o espaço para provas”, explica.
Carregue na galeria para conhecer o novo bar com vinhos de nicho e petiscos com enlatados em Lisboa.