Cafés e Bares

Amália Rodrigues, lisboetas comuns e turistas são homenageados n’A Brasileira do Chiado

As novas toalhas de papel do café incluem figuras de personalidades históricas, como Fernando Pessoa, mas também de clientes desconhecidos.
O icónico espaço vai ficar ainda melhor.

A Brasileira do Chiado não é apenas o spot ideal para beber um bom café. As dezenas de peças de arte que dão vida ao espaço são também um bom motivo para passar por lá. A partir desta quarta-feira, 8 de fevereiro, os desenhos chegam também às toalhas de papel com 60 centímetros de diâmetro presentes nas mesas, graças a um trabalho do ilustrador Nuno Saraiva.

São uma homenagem à própria Brasileira mas, ao mesmo tempo, a todos os lisboetas e turistas que entram por ali diariamente, oriundos de todas as partes do globo. Nas novas obras de arte são vistos à porta do café enquanto vivem as suas vidas e conversam uns com os outros, algo que se mantém igual desde que o espaço abriu em 1905.

Além de figuras desconhecidas, a ilustração retrata personalidades icónicas do País que passavam pela Brasileira do Chiado, nomeadamente Amália Rodrigues, Júlio Pomar, Beatriz Costa, Almada Negreiros, Fernando Pessoa a olhar para a própria estátua (também estão lá os seus heterónimos) e Almeida Garrett. Este último morreu antes do café abrir, mas também ele foi homenageado visto que a rua onde o espaço se ergue tem o seu nome. E estando o café no Chiado, fez sentido incluírem os motoristas de tuk tuk, artistas de rua e estafetas.

“A toalha homenageia não só as personagens históricas que de alguma forma têm uma ligação com Lisboa e com A Brasileira, mas também figuras do presente. Uma forma de dizer que há um bocadinho delas na Brasileira. Muitos gostam tanto que têm pedido uma toalha como souvenir. Os estrangeiros perguntam se as personagens são reais e os funcionários explicam quem são as figuras mais conhecidas”, refere Sónia Felgueiras, diretora de comunicação d’A Brasileira do Chiado, citada pelo site “A Mensagem”.

O convite para criar a ilustração que agora todos podem ver surgiu em 2021, revela Nuno Saraiva. No entanto, os sucessivos confinamentos acabaram por atrasar o trabalho. “Desde o início, já tinha o modelo desenhado na cabeça, mas para mim não fazia sentido retratar o café com os frequentadores de máscaras ou com as esplanadas fechadas. Foi preciso esperar pela normalidade para compor um cenário mais fiel à história da Brasileira”, aponta.

Na toalha, o autor surge a segurar um telemóvel, objeto que teve um papel importante na criação do desenho. “Durante três meses fotografei o local sob diversos pontos de vista e em diversos momentos do dia, a fim de captar melhor a luz e as pessoas que circulavam pela Brasileira”, aponta. Dedicou-se a uma documentação minuciosa, chegando mesmo a subir ao último andar do prédio à frente do café para que pudesse ter um ângulo de visão diferente.

A iniciativa coloca o emblemático café de Lisboa numa lista de estabelecimentos históricos que homenagearam aqueles que por lá passam. Um dos exemplo é o Café de Flore, em Paris, um ponto de encontro de nomes que marcaram as artes e o pensamento mundial no século XX. Representou-os com uma decoração especial.

🇵🇹 “Retrato dos famosos e anónimos que fazem o colorido mosaico dos frequentadores de um dos pontos obrigatórios de…

Posted by A Brasileira do Chiado on Wednesday, January 25, 2023

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