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Autoridades descobrem dormitório clandestino escondido sob café nos Olivais

Proprietário abriu alçapão e criou espaço ilegal sem licença da Câmara, onde dormia com um amigo.

Depois do caso em Arroios, surge nos Olivais que surgiu mais um polémico alojamento ilegal em Lisboa. A denúncia foi feita esta segunda-feira, 26 de maio, pela Polícia de Segurança Pública (PSP). As autoridades descobriram um dormitório clandestino no piso subterrâneo do café Sabor dos Olivais, na freguesia lisboeta com o mesmo nome.

Segundo o comunicado da PSP, o responsável é um cidadão não europeu que abriu “um alçapão” na placa de betão da loja, sem qualquer autorização ou comunicação à Câmara Municipal de Lisboa. O homem terá escavado na cave do prédio e criado uma zona com várias camas, onde dormia com outro indivíduo, ambos legais e na casa dos 30 anos.

“O estabelecimento situa-se ao nível de um rés do chão. Percebemos que existiam umas escadas e, quando descemos, percebemos que estava ali criado um espaço que não estava identificado nem autorizado pela Câmara e que estava a ser usado como dormitório”, contou Daniela Janeiro, comandante da esquadra dos Olivais, à SIC Notícias.

A divisão improvisada, com cerca de 10 metros quadrados, funcionava como habitação para o proprietário do café e um amigo.

Esta fiscalização integrou-se numa operação conjunta que decorreu também em Alvalade e no Parque das Nações, abrangendo um total de sete estabelecimentos. Foram aplicadas coimas por irregularidades como ausência ou má instalação de extintores, inexistência de livro de reclamações, falta de licença de recinto, omissão de comunicação prévia para promotores de espetáculos e não emissão de faturas.

A descoberta de alojamentos ilegais não é um caso isolado. Na operação da semana passada, em Arroios, foi detetado outro dormitório clandestino. Segundo o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, já foram fiscalizadas cerca de 40 lojas de recordações que funcionavam também como espaços de habitação ilegal.

No mesmo bairro, o autarca revelou ainda a remoção de “quase uma centena de tendas que se encontravam junto à Igreja dos Anjos”. A seguir à ação, foi contactada a Santa Casa da Misericórdia para prestar apoio social e colaborar com as autoridades.

“A AIMA e os serviços de estrangeiros têm de colaborar na procura de soluções. Isto é vergonhoso. Envergonha-me, como cidadão, ver o estado a que o País chegou, sem que ninguém tenha feito nada até agora”, afirmou Carlos Moedas.

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