Não há azulejo do Lisbona Bar que não tenha um desenho. Desde 1998, altura em que o bar abriu no Bairro Alto, em Lisboa, que canetas pretas e brancas eram dadas aos clientes que o visitavam. O objetivo era que fossem deixadas mensagens e desenhos. Quase 20 anos depois, não há espaço livre nos 2000 azulejos para mais criações. A solução? Criar um livro com algumas da imagens para poderem limpar os azulejos e continuar a tradição do bar.
Desde o início de outubro que foi criada uma campanha de crowdfunding para financiar o projeto. O objetivo é angariar 2400€ até ao dia 20 de novembro. Até este momento, a campanha conta com 37 apoiantes e mais de 1440€ — 60% do objetivo foi conseguido.
Serão escolhidos 500 azulejos para entrar no livro. A obra terá 500 azulejos, 500 fotos e 500 páginas. No início haverá espaço para uma breve história do bar criado pelos irmãos Sílvio e Paulinho Santos. Serão impressos apenas 250 exemplares.
A campanha foi criada por Maria Teresa Ferreira. É dinamarquesa, mas filha de pai português. Tirou um curso de português para estrangeiros na Faculdade de Letras, em Lisboa. O Lisbona Bar foi um dos espaços que mais gostou no Bairro Alto pela forma como o ambiente era criado por todos os que o visitavam através dos desenhos nos azulejos.
Existe também uma página de Facebook da campanha, O Livro – Os Azulejos – Lisbona Bar, que vai dando conta da evolução do crowdfunding. Depois do livro lançado, 500 azulejos vão ser limpos, e depois haverá lugar a mais criatividade.