Em 2020, Michael Garcia, que trabalha como entregador de comida, foi levantar três bebidas num drive trough da Starbucks em Los Angeles, nos EUA. O funcionário passou-lhe primeiro um par de pedidos e quando colocou a terceira bebida, um chá a ferver, no suporte de copos, esta não terá ficado bem presa e entornou para o colo do cliente.
O homem sofreu queimaduras graves e teve de ser submetido a enxertos de pele e outros procedimentos nos órgãos genitais, que provocaram desfigurações permanentes. Esta situação mudou a sua vida para sempre, segundo o que está descrito no processo movido no Tribunal Superior da Califórnia em 2020. A defesa da vítima acusou a Starbucks de negligência e exigiu uma indemnização milionária.
Cinco anos depois, a14 de março, saiu o veredicto. O júri considerou que a marca foi realmente negligente e que o funcionário não teve o cuidado necessário com uma bebida a ferver. A Starbucks é agora obrigada a pagar uma indemnização de 45 milhões de euros à vítima.
“Este veredicto do júri é um passo fundamental para responsabilizar o Starbucks pelo flagrante desrespeito pela segurança dos clientes e pela não aceitação de responsabilidades”, afirmou um dos advogados, Nick Rowley, citado pela AP.
A empresa, apesar de afirmar que simpatiza com Garcia, já anunciou que vai recorrer da decisão. “Discordamos da decisão do júri de que fomos culpados por este incidente e acreditamos que os danos atribuídos são excessivos”, adiantou num comunicado, citado pela CNN norte-americana.