A Starbucks irá a tribunal na sequência de um processo movido por dois clientes, ordenou um juiz dos Estados Unidos esta segunda-feira, 18 de setembro. Em causa estão as bebidas anunciadas como sendo de fruta, mas que, na verdade, não incluem estes alimentos.
A empresa tentou rejeitar nove das 11 acusações, mas o juiz John Cronan, de Manhattan, recusou o pedido, afirmando que “uma parte significativa dos consumidores” esperava que as bebidas Refresher incluíssem as frutas elencadas nos nomes das próprias propostas.
A Mango Dragonfruit, Mango Dragonfruit Lemonade, Pineapple Passionfuit e Pineapple Passionfruit Lemonade, Stawberry Açaí e Strawberry Açaí Lemonade, por exemplo, deviam conter frutas como manga, ananás, morango e açaí, — tal como a designação dá a entender, — algo que não acontece.
O processo foi iniciado por Joan Kominis e Jason McAllister, antigos clientes da cadeia que afirmam que as bebidas são feitas apenas com água, sumo de uva concentrado e açúcar. Apesar disto, a Starbucks cobrava mais pelas diferentes opções consoante os nomes que tinham, garantem.
A cadeia internacional, que também está presente no nosso País, já se defendeu, dizendo que as designações referem-se apenas aos sabores e não aos produtos utilizados na confeção daas mesmas.
Por sua vez, o juiz contra-ataca afirmando que “manga”, “maracujá” e “açaí” são termos que, normalmente, se referem a ingredientes utilizados e não apenas sabores. Cronan adianta que muitos dos outros produtos da marca têm na sua composição os ingredientes que lhes dão nome. O Ice Matcha Tea Latte, por exemplo, contém chá matcha, e o Honey Citrus Mint Tea leva mel e hortelã.
Esta não é a primeira grande cadeia a ser processada por clientes nas últimas semanas. Em agosto, por exemplo, foi a Burger King a visada — muitas pessoas disseram que as imagens do hambúrguer Whopper parecem maiores nas imagens do menu do que aquilo que são na realidade. Leia o artigo da NiT e conheça melhor esta polémica.