Cheira a croissants acabados de sair do forno em Campo de Ourique. Calma, não é em todo o bairro lisboeta. O odor é mais intenso na Rua Francisco Metrass, onde abriu este mês de maio a La Boulangerie. O projeto já existia na Lapa e chegou a mais uma zona da cidade com um conceito distinto.
“Era um espaçono qual já tinha pensado há algum tempo, muito de bairro. É uma loja arejada, com grandes janelas viradas para a rua onde estão os produtos com a qualidade que sempre tivemos”, explica à NiT Bernardo d’Orey, 34 anos, o responsável pelo projeto.
Em 2014 abriu na Baixa de Lisboa a La Boulangerie onde os croissants franceses sempre foram a grande especialidade. O espaço acabou por mudar-se para a Lapa onde Bernardo criou também a mercearia Domitília em 2021. Agora ligou os fornos em Campo de Ourique, mas com uma oferta ligeiramente mais reduzida.
“As massas, os hambúrgueres e os pratos portugueses não vieram da Lapa, mas temos toda a oferta de pequeno-almoço, brunches e pastelaria.” Os croissants, por exemplo, não param de receber elogios. “Os nativos franceses são os mais críticos. Alguns dizem que nem em Paris comeram uns assim. É o melhor que se pode ouvir.”
A massa é feita todos os dias na nova loja na Francisco Metrass, onde, apesar de ser pequena, fez questão de ter produção própria. “Não queria abrir um espaço que não tivesse fabrico, não fazia sentido. Mantemos a qualidade — e o cheio que é muito importante. Vale 30 por cento de uma loja. Neste caso são os aromas a croissants e a café que mais se sentem.”
Os croissants são servidos simples, com Nutella, amêndoas ou compotas. Custam desde 1,90€. Tem ainda os especiais que servem como refeição. É o caso do que junta presunto ibérico e queijo da Serra (9€) ou o com com salmão fumado, ovo mexido e cebolinho (9€).

Não faltam também outras propostas de pastelaria francesa com o pain au chocolat (2,25€), o palmier (1,90€) e o caracól folhado (2,25€), tudo de produção própria. A Campo de Ourique chegaram ainda os menus de brunch e pequeno-almoço, os vinhos biológicos e os sumos naturais.
O espaço da La Boulangerie conta com 23 lugares no interior e 16 na esplanada. “Imaginemos que vinha outra pandemia. Aquelas janelas seriam a porta para qualquer coisa. Não trabalhamos dessa forma, mas até podem vir a servir como quiosque, por exemplo, algo que possa vir a funcionar muito tu cá, tu lá.”
Bernardo não está todo o dia na nova loja, mas tem uma equipa em quem confia. “Alguns já trabalham comigo há sete anos, sãp pessoas que acreditam neste projeto. Nunca quis que fosse um franchise, algo massivo, mas sim algo que tenha uma personalidade que seja reconhecida pelos clientes.”
Os novos colaboradores também são bem vindos, como uma funcionária que veio da Ucrânia. “Tinha um café em Odessa. Sabe muito bem do que fala e o que está a fazer. É engraçado que muitos clientes falam com ela através do tradutor do telemóvel.”
Neste momento não prevê levar o conceito até outro bairro, mas Bernardo não deixa de lado essa hipótese. Se acontecer, o novo espaço terá de ter, claro, fabrico próprio.
Carregue na galeria para conhecer outros novos brunches de Lisboa.