Cafés e Bares

Donos do emblemático Delirium Café abrem novo bar de cervejas em Lisboa

A Gulden Draak é a grande estrela do espaço com quase 500 metros quadrados, mas há muito mais para beber e provar.
O espaço.

Depois de, em 2017, abrirem o primeiro bar de cervejas da emblemática marca belga Delirium em Portugal, Verónica Fernandes (51 anos) e Neko Pedroso (54) apresentam uma proposta igualmente tentadora à cidade. Falamos da Gulden Draak — Casa da Cerveja, um espaço em que a insígnia que lhe dá nome está em evidência, embora divida o palco com outros intérpretes de peso. O bar, que conta com cerca de 450 metros quadrados, abriu esta quinta-feira, 2 de março, mesmo em frente da estação de metro de Picoas.

A história do casal do Rio de Janeiro com Portugal é, contudo, anterior a estes projetos. “Vínhamos cá imensas vezes como turistas e sempre nos identificámos muito com o País. Quando decidimos procurar um novo sítio — que nos pudesse dar outra tranquilidade — para viver, acabou por ser uma escolha natural. Também tenho antepassados aqui e, além disso, gostamos da experiência cultural de estar num outro local. Pareceu-nos ideal para criar os nossos filhos e construir uma nova vida. Hoje, posso dizer que nos sentimos em casa”, conta Verónica à NiT.

Para trás, ficaram duas carreiras ligadas à produção cultural. “Tínhamos uma produtora e, por bastante tempo, trabalhámos com teatro, dança, arte mágica e música. Produzíamos todo o tipo de evento cultural. Quando nos mudámos, encerrámos esse capítulo. Queríamos investir numa área diferente e a cerveja foi desde logo opção, até porque o meu marido, ainda antes de me conhecer, viveu oito anos em Itália, onde teve uma cervejaria. De regresso ao Brasil, passou então a fazer cerveja artesanal em casa, pelo que a ideia não pareceu absurda. Cerca de dois meses após a nossa chegada, fizemos a parceria com a Delirium”, acrescenta.

O sucesso desse primeiro espaço fez com que recebessem, em 2020, a proposta para abrir uma casa da Gulden Draak. “Com a pandemia e tudo o que implicou, o projeto acabou por demorar mais tempo a implementar do que seria esperado mas agora foi finalmente possível”, indica.

Ainda que a insígnia belga esteja em evidência, a gama de cervejas disponível vai muito além da mesma. Ao todo, existem 50 torneiras que servem à pressão diferentes variedades da Gulden Draak, além de sugestões portuguesas, escocesas, alemãs e espanholas. Quem preferir sidras ou vinho verde, também encontra opções.

Para acompanhar, não faltam sugestões, responsabilidade dos chefs António Alexandre e Bruno Miguel Duarte da Costa, que apresentam “releituras de pratos e petiscos portugueses e internacionais para harmonizações com cervejas, além de pratos que levam a bebida na sua composição”. Prego de atum fresco com abacate e molho especial servido em bolo do caco com batata frita (10€) e hambúrguer de novilho trufado com 200 gramas de proteína animal grelhada, molho trufado, bacon tostado, cheddar, picles, salada de couve e batata frita (12€) são apenas exemplos do que provar.

Tudo isto num espaço com música ambiente e, volta e meia, DJ convidados — onde pode jogar snooker e setas —, que Verónica Fernandes define como “refinado e eclético”. Foi a própria, inclusive, quem tratou da decoração, que teve o copo da marca, cujo nome em português significa “dragão dourado”, como inspiração. Assim, o teto ganhou vida com 350 luminárias com a forma do ovo do animal mitológico, explica a responsável. A abundante luz natural chega através de três clarabóias.

O bar, dominado pelo branco, preto e vermelho, que são as cores da Gulden Draak, notam-se nas paredes com azulejos, em texturas e estampas, que formam um grande mosaico, e nos móveis, que misturam cadeiras de bistrô com sofás de veludo e fotos antigas. O toque especial é dado pelo aquário de vidro, através do qual os clientes podem ver os barris e entender de onde chegam as cervejas que tomam.

Carregue na galeria para espreitar o recém-inaugurado projeto de Verónica e Neko.

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