Se receber uma mensagem a dizer que o seu companheiro está no Escritòrio, respire fundo antes de corrigir a gralha — pode não ser bem um erro. É que “O Escritòrio” é o novo bar de Lisboa e há boas hipóteses de ele estar mesmo lá. Só que a beber um copo com os colegas.
O espaço abriu a 11 de abril e partiu de uma ideia de Vasco Barral, proprietário do Corkies, o speakeasy que fica precisamente na porta ao lado. A intenção era criar um ambiente mais descontraído, onde se pudesse petiscar e beber um copo ainda antes de ir para casa — ou antes de dar início à noite.
Lisboeta de 33 anos, Vasco começou a trabalhar no setor desde novo. Aos 14 anos já ajudava a mãe no refeitório do Hospital Egas Moniz e, aos 18, passou a trabalhar atrás do balcão. “Depois comecei a apanhar-lhe o gosto, a querer aprender mais, a tirar cursos”, recorda.
Com os conhecimentos na bagagem, passou por vários bares em Lisboa, até chegar ao premiado Monkey Mash. A partir daí decidiu avançar com o seu próprio projeto e nasceu o Corkies, um speakeasy de cocktails de autor com capacidade limitada. Um ano depois, abriu-se a oportunidade de expandir — mesmo ao lado — e Vasco não hesitou.
“Muitas vezes tínhamos de mandar pessoas embora do Corkies porque estávamos lotados, ou porque não tínhamos opções de comida. Então já andávamos a pensar na possibilidade de abrir outro espaço. Tivemos a oportunidade de ficar exatamente com o espaço ao lado e o timing foi perfeito”, explica.

Para o Escritòrio, optou por um conceito diferente. Convidou o chef Rafael Dobeck para desenhar a carta e David Versiglia para assumir o bar. “No Escritòrio optamos por construir um ambiente mais descontraído, com uma decoração simples e com apontamentos de escritórios e trouxemos cocktails mais clássicos, com preços mais acessíveis. A única coisa que têm em comum é o horário”, sublinha.
O espaço tem capacidade para 40 pessoas e está sempre aberto a quem quiser entrar. Ao contrário do Corkies, aceita reservas para grupos até 20 pessoas.
Entre os pedidos mais populares do primeiro mês estão as amêijoas à Bolhão Pato (8,50€), espetadas de frango yakitori (9€) e o pica-pau de atum (9€). Mas há mais para provar: camarões al ajillo (9€), gyozas de pato (8€), tábua ibérica (18€) e croquetes de carne (5€).
As sobremesas também não faltam. Há crème brûlée (6€) e petit gâteau (7€), dois clássicos que fazem sucesso. Para acompanhar, a carta inclui desde cocktails como caipirinha, mojito, Aperol Spritz e Cuba Libre — todos a 10€ — até vinho (desde 6€) e cerveja (desde 2€).
Atualmente o bar abre apenas ao final da tarde, a partir das 18 horas, mas há planos para começar a servir brunch em breve. Vasco não avança datas, mas garante que será “nos próximos meses”.
