Nos últimos dois anos, a Gleba parecia imparável. A padaria lançada em 2016 por Diogo Amorim multiplicou o número de lojas, sobretudo na Grande Lisboa. No entanto, essa expansão levou a uma dívida que já ultrapassa os oito milhões de euros, revela o “ECO”.
A cadeia está agora a preparar uma reestruturação da dívida, como resultado do forte investimento feito nos últimos tempos. Esse plano acabou por colocar a empresa “sob pressão para honrar os seus compromissos financeiros”. Para tentar evitar o colapso, a Gleba avançou com um Processo Especial de Recuperação (PER), o mecanismo legal que permite proteção contra credores durante um período de negociação.
Atualmente, a Gleba soma 24 lojas na região da Grande Lisboa. A padaria artesanal nasceu em janeiro de 2017, fundada por Diogo Amorim, que passou por cozinhas em Portugal, Suíça e Inglaterra, incluindo o Fat Duck (o restaurante do chef Heston Blumenthal com três estrelas Michelin) onde aprendeu a fazer pão com fermentação natural.
“A Gleba investiu muito nos últimos dois anos. As nossas vendas estão a crescer e o EBITDA também. Mas, face a atrasos nas aberturas e algumas lojas abaixo do desempenho estimado, vemo-nos na necessidade de reestruturar a dívida da empresa”, admitiu Diogo Amorim ao “ECO”.
Apesar das dificuldades, o empresário garante que não pretende encerrar ou reestruturar a empresa em termos operacionais. O objetivo é renegociar a dívida e racionalizar outros custos.
Com o PER em curso, a padaria encontra-se agora protegida de ações dos credores enquanto tenta reorganizar a sua situação financeira. Segundo o mesmo meio, no início de setembro, “a padaria foi alvo de duas ações de execução do Bankinter no valor de 1,1 milhões de euros”. O foco, agora, passa por renegociar os termos da dívida, incluindo prazos de pagamento.

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