“Imagino uma casa sempre cheia de pessoas felizes, de várias idades e cores, a dançarem. Vejo um arco-íris e uma grande união”. É assim que Francisco Vilaça descreve o Zero, clube com abertura marcada para dia 7 de outubro (um sábado).
O edifício, em Santos, onde está instalado, já faz parte da história da vida noturna da cidade: o número 68 da Avenida 24 de Julho acolheu a Kapital entre 1993 e 2012. “É um espaço premium que estava ali abandonado”, lamenta o empreendedor, DJ e curador do Zero.
Parecia-lhe ser o local perfeito para receber este conceito graças às características que apresentava. Na verdade, foram feitas poucas alterações estruturais — os novos proprietários apenas apostaram numa decoração “minimalista e tecnológica”.
“Vai ser quase como um cubo escuro, com um sistema de som topo de gama” com painéis LED que vão apresentar “visuais surpreendentes”, criados por Paulo Arraiano, um artista plástico português. “O nosso objetivo é criar uma experiência imersiva para as 450 pessoas que podemos receber em simultâneo”, realça.
Franscisco Vilaça criou o projeto com Nuno Faleiro, que também fundou a promotora Providers, que criava festas míticas no final dos anos 90, em Lisboa. A abertura do Zero “andava a ser pensada desde fevereiro”, e a ideia surgiu porque ambos sentiam a falta de clubes “com cartazes mais internacionais”. “O resto foi acontecendo naturalmente, graças aos contactos que temos”, garante Francisco.
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O objetivo de ambos também passa por criar uma comunidade de noctívagos assente nos pilares da igualdade e inclusão. “O nosso princípio é fazer da música um meio de ligação entre todas as pessoas”, acrescenta o empresário.
A entrada no Zero (onde estão a ser últimos ajustes) será através do Pátio do Pinzaleiro, 6. “Dissociámos este rés do chão do restante edifício”, descreve.
O cartaz foca-se na música eletrónica germânica. “Sinto que as pessoas têm vontade de uma abordagem diferente. Vai ser uma lufada de ar fresco na capital”, garante Francisco. O objetivo tornar o Zero num spot de referência na noite de Lisboa.
A entrada (sem bebidas) irá custar, em média, 20€. No entanto, o valor pode oscilar consoante os DJs convidados. “Espero que seja um sucesso tremendo e que tenha sempre uma casa cheia”, confessa. As reservas de bilhetes podem ser feitas através da plataforma ShotGun.