Cafés e Bares

A história de amor selvagem que inspirou o novo café de brunch de Lisboa

O Orquídea conta também com café de especialidade. O design mistura o melhor dos países nórdicos com elementos nacionais.
Abriu na baixa lisboeta.

Quando Carée Otis e Mickey Rourke, dois dos maiores sex symbols dos anos 80, se juntaram num filme, levaram multidões às salas de cinema — e milhões de pessoas saíram escandalizadas. Os atores trabalharam juntos no filme “Orquídea Selvagem”, que se tornou num projeto de culto, sobretudo graças às cenas sensuais pautadas por (muita) nudez, algo que não era tão comum naquela altura.

A produção realizada por Zalman King acompanha uma jovem advogada norte-americana que parte para o Rio de Janeiro para fechar um negócio com empresários chineses. Ali, encontra um multimilionário também norte-americano que a faz descobrir o seu lado mais erótico e selvagem. Escusado será dizer que não é um filme propriamente familiar.

Mundialmente, arrecadou cerca de 11 milhões de euros — e teve mesmo uma sequela. Inspirado pelo seu filme favorito, Paulo Amaro abriu a 13 de setembro o café Orquídea, na Baixa Pombalina. A inauguração, contudo, não esteve isenta de dificuldades.

Esperou quatro anos pela aprovação da Câmara Municipal de Lisboa para avançar com o negócio na Rua da Madalena fosse aprovado. Apresentou-o em 2019, mas apenas recebeu luz verde para avançar há cerca de cinco meses. “Não sei o porquê de ter demorado tanto tempo, estas burocracias aqui levam sempre uma eternidade”, conta à NiT.

Tal como no filme, também no empreendimento se juntam pessoas de diferentes nacionalidades. Isto porque está localizado numa das zonas mais turísticas de Lisboa. “Ali há muita procura por cafés de especialidade e brunches. Recebo maioritariamente estrangeiros, embora os portugueses também venham cá”, confessa.

Paulo, de 53 anos, já conhecia bem o espaço. Tem 12 “apartamentos premium” de alojamento local no mesmo edifício há cerca de três anos. Agora, com a abertura do café, “tornou-se quase num hotel”, onde os hóspedes podem fazer as suas refeições— e, claro, todos os que por lá passam.

O seu objetivo do empreendedor era ampliar a oferta da Rua da Madalena, artéria que elogia bastante. “As lojas aqui são fantásticas, e pensei que o Orquídea se ia enquadrar muito bem”, explica. Para “levar os clientes numa viagem pelo mundo”, apostou em pratos internacionais e numa decoração com elementos nórdicos e portugueses. “Dediquei-me muito aos apontamentos contemporâneos e focados no modernismo. E também tem um toque de fusão com os cafés antigos portugueses”, realça.

O menu também foi inspirada em diversos países, algo que se reflete, por exemplo, nos ovos Benedict (10,50€) e Royal (12€), ambos com molho holandês, brownies (3,50€), banana bread (3,50€), entre outros. A lista de sugestões do Orquídea também inclui vários tipos de panquecas doces — com suspiros, frutos vermelhos, Nutella ou xarope de ácer (11€) — ou salgadas, com bacon e ovo estrelado (11€).

Se é uma daquelas pessoas que gosta de provar de tudo um pouco, pode sempre pedir o menu brunch, disponível por 16€. Inclui duas fatias de pão (que pode ser de alfarroba, trigo-barbela ou centeio), ovo, manteiga, compota, queijo e fiambre, iogurte com granola, sumo natural e café.

Outra das apostas de Paulo é nas propostas de cafetaria, tais como o expresso (1,50€), o americano (2,80€), o galão (3,10€), o café gelado (3,10€) e o mochaccino (3,90€). A carta de bebidas com álcool inclui mimosas (5,50€), cervejas (a partir de 2€) e vinhos biológicos produzidos pelo empreendedor em Lisboa, na Cas’Amaro.

A seguir, carregue na galeria e fique a conhecer melhor o novo café Orquídea, na Baixa de Lisboa.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    R. da Madalena 95 e 99
    1100-404 Lisboa
  • HORÁRIO
  • Todos os dias das 8h às 17h
PREÇO MÉDIO
Entre 10€ e 20€
TIPO DE COMIDA
Café

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