Cafés e Bares

Imoral: o novo wine bar da capital tem happy hour todos os dias — com tapas à borla

O espaço no Cais do Sodré combina vinhos (orgânicos e clássicos) com petiscos portugueses, espanhóis e também vegetarianos.
Tem de ficar para mais um.

Para os irmãos Marbelly e Ulisses Prado não existem (mesmo) duas sem três. Depois do La Fugitiva, inaugurado no verão de 2021 na zona do Cais do Sodré, abriram o La Malquerida, com uma oferta ligeiramente diferente, em março de 2022, no bairro vizinho de Santos, na Travessa do Marquês de Sampaio.

Agora, os costa-riquenhos que chegaram a Portugal há 9 anos resolveram apostar com um conceito totalmente distinto: um bar ibérico, com vinhos e petiscos portugueses e tapas espanholas. O novo projeto abriu a 8 de abril, igualmente no Cais do Sodré.

“O Imoral é o que se fizer dele. Podia ser só um wine bar, mas não. É mais do que isso: é um ponto de encontro. Aqui juntámos a fome à vontade de comer. Servimos os copos e as tapas — e, no final, brindamos juntos”, começam por contar os responsáveis à NiT.

“Já temos, na minha opinião, os melhores mexicanos da capital e agora resolvemos apostar em algo que não há nesta zona”, explicam. Se o La Fugitiva é uma “história muito pessoal”, isto é, um projeto de vida, o La Malquerida foi criado quase como uma piada. O Imoral representa uma espécie de cura. “Já fui isto, já fui aquilo e agora posso ser quem quiser. É uma forma de libertação. Hoje não quero seguir a linha, vou ser diferente”, acrescentam.

Por sentirem falta de um wine bar nesta zona — “mais especificamente na Rua de São Paulo” —, os irmãos consideraram a localização ideal para comer “tapas ibéricas e vinho 100 por cento português”.

Ao contrário do restaurante e da taqueria, com decorações coloridas e vibrantes, o Imoral distingue-se pela sobriedade e pela iluminação reduzida e acolhedora. Há madeiras, paredes cruas, aço e muitas garrafas com vinhos orgânicos espalhados pelo espaço. “No fundo, o interior é inspirado numa garrafeira”, revelam.

Aos vinhos junta-se um mapa de Portugal com as regiões vinícolas — as principais, todas na carta. Feitas as contas, existem 46 rótulos à escolha, divididos entre orgânicos e clássicos. Afinal, no Imoral, esta bebida “é mesmo a estrela da casa”.

Do Adega Mayor Seleção Bio (32€) ao Eremitas Paulo de Tebas, a lista é extensa e variada. Na secção dos clássicos pode encontrar referências como a Casa Ermelinda Freitas Reserva branco (5,50€ o copo ou 22€ a garrafa) ou tinto do Esporão Quinta dos Murças Minas (6€ o copo, 24€ a garrafa). Quanto aos vinhos de baixa intervenção, o tinto da Quinta do Romeu Reserva custa 8€ o copo, 32€ a garrafa. Já o branco da Torre de Tavares, no Dão, marca 8,50€ o copo e 34€ a garrafa.

E não pense que, “lá por ser um wine bar, os cocktails ficam de fora”. Nada disso. Também marcam presença — e cada um representa os sete pecados mortais. O Inveja, um cocktail com Hendricks, limão, manjericação e poejo, por exemplo, custa 10,50€. O Luxúria Sour, com amarguinha, bitter de laranja e limão é 8,50€. Já o Avareza Spritz, com Per Se (vermouth português), espumante e romã pode ser seu por 8,50€.

Gabriel Kurezyn é outro dos nomes que faz parte da equipa do Imoral. Com a ajuda do chef, desenvolveram uma carta recheada de sugestões que combinam na perfeição com os vinhos pensados por Ezzat Ellas.

“O pica-pau (12€), o polvo (15€), os croquettes (1,80€ a unidade) e as batatas bravas (6€) são já alguns dos best sellers”, notam. Já a tortilla de batata (8,50€) e o carpaccio de beterraba (8,50€) são algumas das opções para partilhar. E mesmo nas receitas espanholas, muitos dos ingredientes são portugueses — à exceção do arroz, do queijo manchego e do presunto.

Se a sua perdição são tábuas, temos boas notícias: há oferta para todos os gostos. Entre os 15 e os 22 euros, há uma com queijos portugueses e espanhóis, com propostas de cabra curadas Manchego, Cabrales, Serra da Estrela e Açores, servidas com marmelada e mel, nozes e amêndoas; e uma tábua de frios peninsular, com paio (lombo de porco fumado), salsichão do Alentejo (enchido tradicional de porco), fuet (enchido típico da Catalunha) e presunto ibérico.

E, porque as tapas não podiam faltar, destacam-se a tosta vazia, um bife macio e suculento com brie cremoso e pão artesanal (11,50€), e as pataniscas de bacalhau (9€).

Ali ninguém passa fome. Por isso mesmo, também há tappas veggie. O carpaccio de beterraba é feito com cortes finos de beterraba grelhada com sementes de girassol, molho pesto e salada de tomate-cereja (8,50€). Já o crème de tomate assado traz consigo um extrato de tomate assado, queijo de cabra e azeite de ervas finas (6€).

O arroz é outro dos protagonistas da carta. Há arroz verde, de cogumelos, de marisco e o clássico, de pato (entre os 14 e os 17€). No capítulo das sobremesas, há tarte de Santiago (7€) feita com farinha de amêndoa e casca de limão, ou mousse de cheesecake com crumble e sorbet de vinho tinto (6,50€).

O melhor? Entre as 17 e as 20 horas há happy hour todos os dias. Durante este período, ao pedir um copo de vinho, recebe uma tapa gratuita. E se tentar sair cedo, prepare-se. Apostamos que vai ouvir uma frase já icónica no espaço: “Imoral é não ficar para mais um copo”.

A seguir, carregue na galeria para ficar a conhecer o terceiro espaço de Marbelly Prado e da sua equipa, aberto em menos de dois anos. E o quarto já está a ser planeado.

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FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Rua de S. Paulo 196

    1200-058 Lisboa
  • HORÁRIO
  • Terça a sábado das 17h às 1h
PREÇO MÉDIO
Entre 20€ e 30€
TIPO DE COMIDA
Gastrobar

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