Esta é uma história contada ao contrário. Se os seus pais deixaram Portugal para trás e se mudaram para França à procura de oportunidades, o caso de Jonathan, Jason e Adrien é precisamente o caso inverso.
Os dois primeiros, irmãos, juntaram-se a um amigo e, em conjunto, olharam para Lisboa e para o país das suas raízes como “um sítio cheio de oportunidades”. Os luso-descendentes, agarraram numa ideia de negócio e decidiram aplicá-la precisamente no bairro de Alvalade, onde, a 17 de junho, inauguraram o La Bonne Crêpe.
“Voltámos porque achamos que Portugal e mais especificamente Lisboa é uma cidade com grandes oportunidades”, explica à NiT Jonathan da Fonte, ele que aos 27 anos é um dos proprietários da creperia. Ao seu lado está o irmão Jason e o amigo Adrien Capela.
Deixaram Paris, assentaram em Lisboa e trouxeram consigo algo que adoravam: os “deliciosos e versáteis” crepes. “É um produto que se liga com tudo, pode ser doce ou salgado, podem ser inventadas inúmeras receitas”, nota. “Comer um crepe é sempre um momento festivo.”
Ambição não falta e, se dúvidas houvesse, o néon da parede do espaço tira todas as dúvidas: o crepe é a nova nata, pode ler-se. Mas estes crepes são muito mais versáteis do que o tradicional doce português. Desde logo porque tem duas facetas.

A primeira é a doce, sendo que o La Bonne Crêpe oferece seis combinações. Pode provar o Caramelizado (3,5€) com maçã caramelizada, canela e chantilly, o Caramelo (3€) com caramelo de manteiga salgada ou até um Delícia (4,5€) com ananás, mel e noz pecan.
Do lado dos salgados, os crepes de trigo sarraceno podem ser pedidos noutras seis versões. Entre elas destaca-se o Crispy Chicken (7,9€) com frango frito crocante, guacamole, mozzarella e maionese picante, o 4 Queijos (5,9€) com mozarella, queijo de cabra, cheddar e gorgonzola ou o Clássico (6,9€) com queijo emmental, ovo estrelado, fiambre e cogumelos.
O lado mais fit da carta coloca de lado os crepes e aposta no açaí, em taças com 350 e 550 ml, que variam entre os 4,9€ e os 6,9€ e estão recheadas de frutas, granola, sementes e frutos secos.

Caso nenhuma das opções lhe agrade, pode sempre criar o seu próprio crepe, doce ou salgado, e escolher entre as dezenas de recheios e toppings disponíveis.
“Em França, comer um crepe é uma pequena festa”, sublinha Jonathan, que frisa também a aposta no delivery, onde os crepes são entregues em embalagens recicláveis feitas à medida. O objetivo, esse é o mais ambicioso possível: os três luso-descendentes querem transformar o La Bonne Crêpe numa cadeia a nível nacional. Mas para já, as atenções estão focadas neste primeiro projeto-piloto.