No verão, quatro amigas fizeram as malas e viajaram para a Grécia para uns dias de descanso. E foi sob o sol abrasador das ilhas gregas que Isabel Vieira, Ema Ribeiro, Laura Paniagua e Inês Borregana acordaram que a sua próxima aventura não iria envolver um país exótico, mas sim um quiosque em Lisboa.
“Estávamos as quatro em Zakynthos, mais especificamente na praia de Laganás, quando decidimos que íamos tentar entrar neste ramo [da restauração]. Em homenagem ao local e à vontade que temos de viver a vida, definimos logo que o nome seria Las Ganas. Nesse momento, definimos logo tudo o que queríamos fazer”, conta Isabel à NiT.
Ao fim de dois meses, a 26 de outubro, estavam a abrir o novo quiosque de Lisboa, numa festa que serviu de antecipação ao que seria o local: houve roda de samba durante a tarde e depois um DJ para animar o final do dia. No meio disto, tudo não faltou comida. Nem bebida.
“Queremos que o nosso quiosque seja a casa de grupos de amigos, um daqueles sítios onde sabemos que encontramos alguém conhecido e é o sítio óbvio para beber um copo”, refere. E, para que isso aconteça, têm alguns trunfos para lançar nas próximas semanas: noites de quiz, espetáculos de stand-up comedy e festas que transformem o espaço no Parque Urbano do Vale da Montanha num espaço de festas.
Naturais do Porto e de Vilar Formoso e com idades dos 30 aos 31 anos, mudaram-se há cerca de quatro anos à procura de trabalho nas respetivas áreas, do imobiliário à área financeira, passando pela nutrição. O dia a dia de cada uma é radicalmente diferente, mas o fim de semana é sempre preenchido por saídas em grupo, à procura das melhores festas da cidade.
Agora, querem ser elas a organizar os mais animados encontros da capital. Encontrar o local era o primeiro desafio e por isso mesmo, Isabel, consultora imobiliária de 31 anos, “pôs logo mãos à obra” — e encontrou um quiosque para trespasse no Parque Urbano do Vale da Montanha.
Com um pequeno jardim mesmo ao pé, o Las Ganas revelou-se um “sítio ideal para tomar um copo durante a tarde” e é isso mesmo que os clientes estão a fazer. A carta inclui bebidas mais tradicionais como capirinha (7,50€), morangoska (8€), Aperol spritz (7€), Moscow Mule (9€), espresso martini (8€) ou mojito (7,50€). Caso queira criações originais, pode sempre pedir o Las Ganas: custa 8€ e é feito como um mojito, mas leva um ingrediente secreto para ficar cor de rosa. A imperial no espaço custa 1,50€ e o grupo decidiu criar um cartão que custa 13€ e dá para pedir dez cervejas.
E, como o álcool deve ser acompanhado de boa comida, a carta inclui bolo do caco com manteiga de alho (4,50€), que já é uma das propostas mais pedidas. A tábua ibérica (18€) recheada de enchidos trazidos de Espanha, é outro dos favoritos. Também para partilhar, há pão de queijo (3€/5 unidades) e os croquetes de carne (1,50€).
O Las Ganas tem capacidade para 80 pessoas sentadas e, durante a semana, tem menus de almoço como um de tosta (8,80€), que inclui sopa, a sanduíche e o sumo do dia ou água, e outro com salada (9,80€). As tostas podem ser mistas, de pasta de atum ou frango e queijo.
A carta foi criada por Laura Paniagua que trabalha como nutricionista e consegue manter tudo “mais equilibrado”. As restantes sócias dividem-se para servir às mesas e preparar as refeições.
Nos próximos meses, para proteger a descida da temperatura, foi montada uma pérgola, serão distribuídas mantas e há planos para incluir na carta vinho quente e outras bebidas como lattes e chocolate quente.
