Cafés e Bares

Música (bem) alta e vinhos naturais. Novo bar de Lisboa não é para claustrofóbicos

O Bacaró inspirou-se nas típicas tascas de Veneza, em Itália. Das pinsas às focaccias, há muita finger food para provar.
Bacaró.

Os talheres não são bem-vindos, os vinhos são naturais e a música está quase sempre a tocar bem alto. O novo wine bar de Lisboa, o Bacaró, inaugurado oficialmente a 17 de setembro, não é para pessoas que adoram regras de etiqueta. Porém, é o spot ideal para sonha conhecer Veneza, mas ainda não teve oportunidade para o fazer. A fundadora é natural da icónica cidade italiana, onde inaugurou um projeto semelhante em 2014.

Bacaró, o nome do espaço, é, simultaneamente, a designação dada às tascas em Itália (sim, também existem naquele país). Giulia Capaccioli mudou-se para Lisboa com o namorado em agosto de 2018. “Ele estava cansado de Veneza porque se tornou numa cidade muito turística. Queria ir viver para outro sítio”, conta à NiT.

Embora não conhecesse Lisboa, a italiana era apaixonada pela cidade. Giulia trabalhava numa editora de livros e estava sempre a ler sobre a capital “Quando viemos para cá, foi amor à primeira vista”, recorda

Pouco depois, em 2019, abriram o Vino Vero, um wine bar na Travessa do Monte, na Graça. O recém-inaugurado Bacaró fica a poucos metros. A localização não foi premeditada, mas quando a oportunidade surgiu, não pensou duas vezes. “Isto costumava ser a mercearia do Senhor Fernando. Ele ia reformar-se e procurava alguém que quisesse ficar com este espaço. Atualmente, temos os dois negócios”, revela.

Os conceitos, porém, são distintos. A carta do Vino Vero apresenta referências mais caras. Já no Bacaró, os vinhos são mais “acessíveis, naturais e também há propostas à pressão”. Vêm de países como Portugal, Espanha, França e Itália. Os preços por copo variam entre 3,50€ e 7€, dependendo do rótulo escolhido.

Trabalharam com diferentes pequenas produtoras para obterem bebidas espirituosas diferentes daquelas que se encontram noutras casas lisboetas. São usadas nos cocktails como o Bloody Mary ou o Espresso Martini, por exemplo — ambos custam 10€.

Já os pratos são servidos em “pequenas porções”, e pensados para serem comidos à mão (propostas também conhecidas como finger food). “Estamos a fazer uma ligação com o que já existe em Veneza”, aponta. O serviço é, claro, bastante “descontraído”, tal como o bairro onde vivem.

 

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Muitos clientes ficam rendidos às focaccias do dia feitas com porchetta (8€ cada). “A carne de porco vem mesmo de Itália, e a mostarda e o molho de pimentão são feitos por nós”, assegura.

As pinsas (que são, no fundo, pizzas ovais) também “estão a ser uma loucura”. Há diferentes toppings, desde queijos a pepperoni, e cada uma custa 2,50€. O bolo do caco é outro dos destaques. Depois, tem alguns pratos mais elaborados, como a burrata, o presunto e o carpaccio de carne. Os valores para estes variam entre os 10€ e os 15€. “A ideia é mesmo ir picando qualquer coisa enquanto se bebe um copo”, explica.

O espaço de 50 metros quadrados consegue receber cerca de 20 clientes — também têm uma pequena esplanada com quatro mesas. Os cães e gatos são bem-vindos, algo que já acontecia no Vino Vero. O ambiente é, segundo Giulia, muito acolhedor e convival: ali “todos podem falar alto, sem problemas”.

“Quis mesmo criar uma atmosfera despreocupada de bar”, garante. Algo que se reflete nos concertos ao vivo e DJ sets que o espaço recebe. No futuro, também pretende ter “um brunch com música eletrónica a tocar no fundo”, com artistas portugueses e internacionais.

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