Cafés e Bares

Não é cerveja, são cocktails. No novo bar de Lisboa, as bebidas saem todas da torneira

Aberto desde setembro no Bairro Alto, o Copócone aposta no conceito on tap para animar as noites.

Estamos habituados a vê-las a jorrar cerveja, um pouco por todos os bares e cafés do País. Mas neste conjunto de oito torneiras, cerveja nem vê-la. Dispostas em fila ao longo de uma parede preta, escondem oito criações de autor que dão origem a oito distintos cocktails.

A ideia partiu de Carlos Branco, bartender experiente que decidiu juntar-se à irmã para trazer para Lisboa esta coisa dos cocktails on tap ou craft cocktails, como lhes prefiram chamar. “Era algo que o Carlos já queria fazer há muito tempo. Conversámos e decidimos avançar”, explica à NiT Ana Luísa Branco, a irmã de 25 anos, formada em gestão.

Nas mãos tinham uma loja num sítio estratégico, junto ao Bairro Alto, onde durante cinco anos funcionou a PIC, a gelataria da família. Chegada a hora de “passar o testemunho”, Ana e Carlos torceram o nariz aos gelados.

“Não nos identificávamos e decidimos pegar no projeto dos cocktails”, explica sobre o nascimento do Copócone, a funcionar desde 30 de setembro. O nome é desde logo uma homenagem à gelataria. “Era o que se ouvia sempre que entrava um cliente: copo ou cone. Escolhemo-lo por ser uma homenagem ao negócio de família e ao meu pai que trabalhou lá durante muitos anos.”

O conceito é simples. Do lado de lá da parede estão pequenos barris que guardam as combinações de bebidas e aromáticos que compõem a base do cocktail. Depois basta abrir a torneira e deixar jorrar. No balcão ultimam-se os preparativos, as decorações e está tudo pronto a beber.

“O sistema permite que tudo seja servido muito mais rapidamente, mas mantendo a qualidade”, afirma Ana Branco. “O maior desafio passa por explicar o conceito, porque a maioria das pessoas não conhece. E damos sempre a experimentar, claro.”

Os cocktails de autor (e on tap) adotam os nomes dos membros da equipa. Entre os best sellers está o Fred (11€), um cocktail com whisky, maracujá e flor de sabugueiro ou o Fá (11€), feito com gin e manjericão. Quem preferir os clássicos como Moscow Mule (9€), Negroni (9€) ou Margarita (9€) está à vontade para os pedir, que eles são preparados ao balcão, desta feita sem recurso a torneiras.

E porque a bebida pede sempre algo para petiscar, a pequena ementa foi feita a pensar em quase todos, dos carnívoros aos vegetarianos. Mas o que mais tem feito sucesso é mesmo o Bun de Porco (9€), um pão brioche com pá de porco desfiada, mostarda antiga e coentros.

Pode também provar o Bun de Salmão (9,5€) ou outros petiscos como a abóbora com requeijão, mel e nozes (8€) ou um trio composto por húmus, labneh e pimentos assados, acompanhados de dips de cenoura, pepino e tostas de brioche (5€).

O espaço, apesar de totalmente renovado, preservou as arcadas de pedra. E não falta a janela dos cocktails to go, para aqueles que têm mais pressa.

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FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Largo Calhariz 19
    1200-086  Lisboa
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