Carteiras com o monograma, sapatos com as iniciais LV e peças de roupa com elementos alusivos à marca em destaque. Não se pode dizer que tudo isto seja discreto, mas faz parte da experiência dos clientes da insígnia de luxo. Uma experiência que, nos últimos anos, é muito mais do que apenas uma ida a uma das muitas lojas espalhadas pelo mundo.
Há quatro anos que a marca de moda decidiu expandir o negócio para outras áreas. Começou por abrir, em 2020, um restaurante em Osaka, no Japão, anunciou a abertura de um hotel em Paris e inaugurou um sky bar na Sicília. Agora, a Louis Vuitton abre o seu primeiro café nos EUA, mais concretamente nos EUA, onde o espaço abriu as portas a 8 de novembro, com propostas pensadas por um chef galardoado com estrela Michelin.
A etiqueta parisiense aproveitou o facto de ter de se mudar provisoriamente para uma nova localização (devido a obras de restauração do edifício principal, previstas para durarem um par de anos) para apresentar a novidade.
Localizado na frenética Quinta Avenida, o novo café apresenta tons castanhos, amarelos e pretos, inspirado nas cores da marca que nasceu em 1859 e combina moda e experiências gastronómicas de luxo. O espaço do edifício histórico, que também conta com uma loja, tem uma entrada própria onde os códigos Louis Vuitton se misturam com a estética nova-iorquina.
À entrada, os visitantes são recebidos por duas figuras gigantes de girafas e avestruzes. Para lá da porta há várias malas empilhadas e uma antiga cabine telefónica com um telefone vintage. As cadeiras estofadas em tecido amarelo, as mesas em madeiras esmaltadas e os candeeiros simples são outros dos detalhes do café.
Desta vez a marca decidiu criar um reduto para os que querem refugiar-se do ritmo vibrante da cidade. E o que poderia ser mais calmo do que estar rodeado de livros? Este parece ter sido o mote que serviu de inspiração ao novo café que tem as estantes repletas de obras literárias — à semelhança de uma biblioteca apetrechada — mas com a vantagem de poder provar bolos e doces com o monograma da marca.
A carta foi desenvolvida pelo grupo Stephen Starr, a mente por detrás de restaurantes de luxo como o Pastis e o Le Coucou, também em Nova Iorque. Mas tudo o que sai da cozinha é responsabilidade de Christophe Bellanca, que recebeu uma estrela Michelin pelo seu restaurante francês Essential by Christophe, e de Mary George.
O menu tem vários detalhes com a assinatura da insígnia. Desde waffles crocantes como monogramas, cobertos com caviar e crème fraîche ou tzatziki, a raviolis de flores com espinafres e trufas negras, ou uma salada de caranguejo chamada Louis.
Nos pratos principais há propostas com caldo de mariscos, soufflé de vieiras com caviar e uma versão mais requintada de um típico hambúrguer norte-americano, o Le Burger “1898”, com carne bovina maturada a seco e cheddar de Vermont. Mary George acrescentou à lista sobremesas como uma tarte de pêra caramelizada com polenta assada e um sundae cremoso com uvas, praliné de girassol e brioche caramelizado.
“Imagino este café como um lugar onde os clientes encontram alegria e conexão através da carta e saem com uma impressão única e duradoura”, disseram os chefs à “Vogue”.
Os preços para uma refeição neste espaço andam entre os 18€ e os 50€. As reservas podem ser feitas online. Entretanto, quem passar pela antiga localização vai encontrar um baú gigante, feito por andaimes, que escondem todos os detalhes da obra do espaço. Segundo a marca, as intervenções deverão durar alguns anos até ficarem concluídas.
Como lá chegar
Para experimentar os sabores da marca de luxo terá de voar até Nova Iorque. Se partir de Lisboa, encontra bilhetes de ida e volta desde 409€. Caso apanhe o avião no Porto ou em Faro, há voos desde 571€ e 562€, respetivamente.
Carregue na galeria para ver as imagens do primeiro café da marca em Nova Iorque.