O novo espaço do Porto tem nome japonês, mas não há pauzinhos, peças de sushi, sashimi ou temakis. Chama-se Noshi Coffee, abriu a 17 de março, e é a nova cafetaria saudável da cidade. Aqui há diferentes variedades de café artesanal, muitas sugestões para o pequeno-almoço, como papas e panquecas de aveia, ou até para almoçar, como pratos que juntam quinoa, salmão e massa integral.
Um espaço era pequeno para Paula Fernandes, a responsável pelo projeto, por isso comprou um prédio inteiro na Baixa do Porto. O Noshi Coffee fica no piso térreo, o último é a casa de Paula e nos dois intermédios terá dois apartamentos para arrendar — os Noshi Studios. Paula Fernandes tem 30 anos e sempre trabalhou na empresa de elevadores dos pais, a Grupnor, depois de tirar um curso de gestão de empresas.
“Gostava do trabalho, mas não era algo que me completava, por isso fui para Lisboa para uma formação em equitação, uma área que gostava bastante.” Fazer carreira em Portugal nesta área é complicado e para prosseguir teria de ir para o estrangeiro, algo que não fazia parte dos planos. “Deixei este hobby para me dedicar à restauração, outra das minhas paixões.” Começou a ver espaços no Porto, mas como tudo era muito caro, optou por juntar a família e adquirir todo prédio na Rua do Carmo. As obras demoraram dois anos, tempo suficiente para pensar em mil um projetos que gostava de abrir.
“Primeiro queria um espaço de cachorros, depois pensei em bagels e numa cafetaria de bolos sem açúcar e glúten.” Fez várias viagens pela Alemanha, Bélgica, Inglaterra e Grécia e chegou à conclusão que era ao café artesanal que se ia dedicar. “Fui até Lisboa fazer uma formação para se tornar barista para perceber tudo sobre café.”
No Noshi Coffee têm uma marca própria feita por uma empresa de Paredes que lhes faz a torrefação do café. É um blend com 70% Arábica e 30% de Robusta que depois usam para fazer expresso, café de filtro e com cubos de gelo — também pode comprar sacos para preparar em casa. De café artesanal há ainda variedades de Brasil, Colombia e Honduras, com os quais preparam ainda café de filtro, através da Chemex (a partir de 1,20€). Demoram mais, são os chamados show coffee, mas o sabor vale a pena.
No Noshi também há o chá da marca alemã Tea Tales com mais de 25 as variedades, todas biológicas, com a particularidade de a infusão ser feita à mesa numa chaleira especial de acrílico e que serve os copos pela base. Tudo isto para acompanhar com a ementa saudável da nova cafetaria.
Para o pequeno-almoço tem panquecas de aveia feitas com leite vegetal (3,50€), taça de iogurte com fruta mel e granola (3,50€), taças de açaí (4,50€), tostas e torradas (desde 1,80€). A qualquer hora pode experimentar uma das tostas do Noshi, que estão descritas na ementa como “De Outro Mundo”. Tem a de manteiga de amendoim com mel (3,20€), a de queijo creme com mirtilos e mel (3,20€), ou a de abacate, tomate e “bacon” crocante de peru (4,80€).
Já para os almoços as sugestões saudáveis continuam. Tem o Noshi, uma pasta integral com peito de frango assado, pesto, queijo feta e parmesão (7,90€), o bulgur com legumes grelhados e molho de tomate (8,90€) ou a quinoa no legumes salteados, frango e couve roxa (6,90€).
O novo Noshi Coffee tem 100 metros quadrados e capacidade para 50 pessoas. Alguns dos lugares são num pequeno pátio interior cheio de plantas ou então na esplanada exterior onde pode ver todo o prédio que Paula Fernandes comprou com a família, e claro que tinha de ter um elevador. Não dá é para os clientes verem, só depois quando a parte Studio estiver concluída, mas fiquei com uma ideia. “É de madeira e não tem a disposição normal. É um pentágono, tem cinco lados.” Além da ajuda da família, Paula contou com muitos amigos no projeto como Nuno Wilson, que tratou do logotipo do espaço, e ainda de Rui Parada, responsável por algumas das peças de design que decoram a cafetaria.
Carregue na foto para conhecer melhor o novo Noshi Coffee.
