Música, bebidas e muitas plantas. O Imperial Garden é um dos refúgios escondidos no centro de Lisboa, instalado nas traseiras do hostel Sant Jordi, na zona dos Anjos. Abriu oficialmente em setembro de 2024, vários meses após estar em soft opening.
A ideia do bar no exterior surgiu no verão de 2020, quando os negócios começaram a reabrir após vários meses em confinamento. Na altura, os portugueses procuravam locais arejados para exorcizar os meses de clausura. Francisco Castro, argentino e gerente do hostel, rapidamente percebeu que tinha de arranjar uma alternativa ao bar interior para os hóspedes do alojamento. Com um amplo jardim nas traseiras, imaginou um pequeno balcão numa área onde colocou sofás para que os clientes pudessem beber qualquer coisa no exterior.
O conceito correu bem, mas foram precisos mais de três anos para recuperar a ideia que nasceu na pandemia e abrir o Imperial Garden. O projeto marcou uma estreia a solo para Francisco Castro, que vive em Portugal desde 2018, após uma estadia de dois anos em Barcelona.
“Mudei-me de Buenos Aires para Barcelona em 2016 para trabalhar na gestão de eventos dentro desta cadeia de hostels. Um par de anos depois surgiu a oportunidade de abrirem um novo alojamento no centro de Lisboa, num antigo convento de freiras sevilhanas e convidaram-me para gerir o espaço. Aceitei e agora, além da liderança, também tenho o meu próprio projeto, o bar, no jardim do hostel”, conta o gestor de 31 anos à NiT.
O espaço amplo nas traseiras do edifício estava mal aproveitado. Francisco decidiu renová-lo e transformá-lo num oásis. “O local fazia-me lembrar os jardins dos palácio antigos, por isso decidimos transformá-lo a essa imagem.” O espaço tem capacidade para 150 pessoas e foi decorado à semelhança de uma selva urbana, com várias plantas a cercar os limites do bar. Depois de transformar o jardim no Imperial Garden, criaram uma área de lounge com sofás e puffs e outra com mesas e cadeiras.
Durante os primeiros meses de abertura mantiveram-se a funcionar apenas para hóspedes, mas Francisco rapidamente percebeu que o conceito merecia ser partilhado com os lisboetas. “A minha ideia era que os hóspedes e locais se misturassem aqui e que quem fica no Sant Jordis possa conhecer a cultura local sem sair do hostel”, nota. Para tornar esta dinâmica ainda mais apelativa, começaram a organizar eventos com DJ sets, brunches e sunsets.
Na lista das bebidas sobressaem os cocktails de autor, que são também os protagonistas da casa. O Drunk in Love (8€), por exemplo, mistura um gin rosa, com sumo de limão, xarope de fruta, clara e ovo e águas com gás. Já o The Nun’s Favourite (8€) junta ginja com sumo de limão e Angostura. Quem preferir pode também pedir as sangrias da casa, a Rose (20€) feita com vinho e framboesas ou a Fizzy (25€) com espumante e maracujá.
Como o conceito foi bem recebido, começaram a organizar também aniversários. “Criámos áreas mais privadas, com música ambiente onde grupos podem beber um copo e petiscar. Nos últimos meses criamos uma carta mais desenvolvida e com mais opções para partilhar.”
Na carta, os clientes encontram petiscos para partilhar, como tortilhas com guacamole (7€), a mix tabla (14€) com três enchidos portugueses e três queijos e tortilhas (5,50€) e bruschettas com tomate (4€).
Nos pratos principais têm se destacado o Choripán argentino (6,50€), um chouriço grelhado, servido com pão, chimichurri e pico de gallo e o Imperial Brioche (10,75€), um hambúrguer feito com queijo de cabra, fiambre, cebola caramelizada, tomate seco e cogumelos.
A partir das 18 horas o espaço funciona como um bar e uma zona de lazer, mas durante o dia o Imperial Garden está preparado para receber todos os que gostam de ter um escritório diferente todos os dias. “A realidade dos nómadas digitais está cada vez mais vincada, por isso preparamos o local para ser laptop friendly, com tomadas em todas as mesas”, acrescenta.
Carregue na galeria para descobrir o Imperial Garden, escondido no centro de Lisboa.