“Um espaço sereno e relaxante, que convida a um desacelerar da correria típica do dia-a-dia na cidade”. É assim o Numa Café, o novo spot saudável e consciente de Lisboa, que abriu a 1 de agosto no Príncipe Real, em Lisboa. Pouco depois, encheu a rua da Escola Politécnica com um delicioso aroma a café de especialidade, proveniente de destinos como Brasil, Guatemala, Etiópia e Ruanda. Quem o diz é Laiza Xavier, gerente do projeto, que conta com 10 anos de experiência na área da restauração e hotelaria. Alguns deles foram passados no antigo restaurante Naked, que ficava no mesmo bairro.
Para construir este ambiente, que se destaca pela luz natural, coloca o minimalismo acima de tudo e se desenvolve a partir do balcão central, do qual saem pratos coloridos que contrastam com os tons neutros da decoração, os donos apostaram num traçado quase geométrico, com linhas retas, no mobiliário de freixo natural e na pedra de Lioz, que surge envolvido pelo vidro em vez de paredes. José Luís Barbosa, com Gil Cardoso e Charles Cossement, são os arquitetos e designers que assinam o trabalho.
O grande apontamento de cor é dado pela Euphorbia, uma planta imponente que sobressai com o seu verde num cenário mais industrial. É ela que recebe todos os clientes que chegam a este espaço.
“Queríamos criar um espaço diferente no Príncipe Real. Olhámos para o bairro e sentimos que lhe faltava algo que convidasse a ficar. Assim nasceu o Numa, onde todos são bem-vindos, mas especialmente voltado para os amantes do café e da cozinha no seu estado mais natural, caseiro”, explica. De fora ficam, portanto, os produtos quimicamente processados e fora de época.
A aposta no café é mesmo a mais óbvia para quem conhece os nomes por detrás do projeto, uma vez que são “verdadeiros apaixonados” por esta bebida. “Interessamo-nos pelos aromas e sabores, claro, mas também pela origem, pela forma que chegam à chávena. Vemos sempre com o nosso fornecedor, qual o melhor para a altura do ano em que estamos, qual o mais consciente”, acrescenta Laiza Xavier.
Para definir os melhores acompanhamentos, Laiza chamou Joana Limão, chef privada, recipe developer e food stylist, que desenhou o menu, maioritariamente “plant-based e vegan — as exceções estão em alguns pratos de peixe —, voltado para a sazonalidade e inclusivo.
Das várias propostas, a gerente destaca o bagel, com queijo creme caseiro, sal não-marinado, pickles de cebola roxa, alcaparras, furikake e aneto (7,5€), “um verdadeiro best-seller que tem conquistado toda a gente”. As outras sugestões vão para o pudim de chia dourado, servido com a granola do Numa, fruta da estação, lascas de coco e compota caseira de frutos vermelhos (6€), ou o gaspacho de pêssego, feito com ingredientes da estação, croutons caseiros e dukkah — uma mistura de sementes do Médio Oriente — de hibisco (3,6€), que “há quem peça ao pequeno-almoço”.
Até às 15 horas, quando fecha a cozinha, pode mesmo pedir o que quiser, enquanto descontrai com os amigos nas mesas redondas ou aproveita para pôr o trabalho em dia nos balcões ou mesas em dia. Se um dia não lhe apetecer café, não se preocupe, pode pedir sumos, smoothies e shots produzidos com frutas e vegetais frescos.
Carregue na galeria para conhecer melhor o Numa Café e algumas das sugestões do menu.