Quando passamos nos corredores de supermercado, os produtos frescos saltam à vista pelo seu aspeto. Procuramos os mais bonitos, acreditando que são melhores e mais saborosos. E se houvesse um selo que comprovasse não só a qualidade do produto mas também os cuidados extra na sua produção?
O “Cultivamos o Bom” é exatamente essa garantia dada pela Auchan, num selo presente em todos os produtos que cumprem os quatro critérios de avaliação definidos pela cadeia e que se aplica a tudo o que vem dos muitos produtores nacionais. E são já mais de 300 produtos com esta distinção.
“Garantimos a rastreabilidade desde a origem até chegar à loja, o bem-estar animal, a proveniência de uma produção sustentável e parcerias duradouras com os nossos fornecedores”, adianta Filipa Laborinho Azevedo, da direção de marketing e cliente da Auchan. E foi em Rio Maior, num produtor de alfaces e frutos da terra, que a NiT viu alguns destes pilares.
“A Auchan foi o nosso primeiro grande cliente. Comecei com a atividade em 1989 e no início dos anos 90 passei a ser fornecedor da Auchan. Costumo dizer que foi graças a esta parceria que consegui melhorar e ter condições de poder crescer”, conta Luís Correia, o CEO da Planície Verde.
De um começo como pequeno agricultor, Luís, de 54 anos, conta hoje com mais de 200 trabalhadores, entre as produções de Rio Maior e do Alentejo. Os espaços estão distribuídos por quatro hectares de estufas para as alfaces e mais de 750 hectares de melões, melancias e outros frutos da terra. E o segredo da doçura e frescura que oferecem esconde-se na base do cultivo.
“Praticamos uma agricultura regenerativa, que consiste em práticas mais sustentadas e de regeneração do solo. Ou seja, práticas que não perturbem o microbioma do solo”, explica o consultor agrícola da Planície Verde, José Rodrigues.
Questões técnicas à parte, isto significa que a agricultura se faz hoje como era feita há mais de 30 anos, de forma mais simples e sem recurso a produtos químicos. “Apesar de ser mais intensa em termos de rotação de culturas, é menos intensiva na aplicação de produtos que não existem neste ecossistema. Deixámos de utilizar adubos e o que aplicamos é probióticos, que vão alimentar os organismos existentes e degradar a matéria orgânica naturalmente. Desta forma, não só reduzimos a pegada de carbono por não recorrermos a químicos que afetam os alimentos, como reduzirmos o recurso de transporte”, acrescenta o especialista.
Um processo natural é sinónimo de maior qualidade dos produtos finais. Até os açúcares das frutas são melhores, explica o produtor. “São sacaroses e, portanto, mais estáveis do que açúcares simples, como a glucose ou frutose. Costumo dizer que até os diabéticos podem comer os nossos produtos”.
A par do melhor açúcar, o processo também é mais sustentável. Se antes eram necessários 94 litros de água para produzir um quilo de melão, hoje, a Planície Verde produz esta quantidade com apenas 17 litros — e pretende baixar para 15 ainda este ano. Tudo isto contribui para a aquisição do selo Auchan “Cultivamos o Bom”. Mas este aplica-se a diferentes produtos, de frutas e legumes, à carne e ao peixe.
“Aqui temos os frescos, mas num queijo ou produto de charcutaria estamos a valorizar a produção artesanal, a presença de matérias-primas locais. Já no frango do campo, por exemplo, o que garantimos é o bem-estar animal, quer a nível de nutrição como de saúde. Acima de tudo, este selo pretende promover uma alimentação mais saudável, sustentável e responsável. Dá o poder de decisão aos clientes, que têm uma exigência cada vez maior”, explica Filipa Laborinho Azevedo.
Isto significa que, independentemente do preço, ao escolher produtos “Cultivamos o Bom”, o consumidor sabe que está a apoiar produtores portugueses, alguns deles pequenos, promovendo a riqueza em comunidades locais, mas também a contribuir para produções preocupadas com a poupança de água e energia ou com os cuidados dos animais.
A importância dos colaboradores naquilo que comemos
É certo que funcionários felizes ajudam a conquistar melhores resultados. E numa quinta ou noutro tipo de produção alimentar, esta máxima também se aplica. “Na Planície Verde tentamos dar as melhores condições de trabalho. As nossas unidades são climatizadas para contrariar o calor habitual destas regiões (Ribatejo e Alentejo), temos o máximo de máquinas para evitar os maiores esforços físicos, de forma a garantir o bem-estar dos trabalhadores, e estamos a criar infraestruturas desportivas e de lazer nas nossas instalações. Por exemplo, aqui em Rio Maior, temos já um campo de padel, que os nossos funcionários podem usar”, conta Luís Correia.
O empresário vai mais longe. Visto que o trabalho de campo conta cada vez mais com trabalhadores emigrantes, principalmente da Índia e Bangladesh, está a ser equacionada a construção de um campo de críquete, um desporto com bastantes adeptos nestes países.
Com condições dignas e um apreço por parte dos superiores, a entrega no trabalho dá bons resultados. E o conjunto de pontos positivos em todos os aspetos da produção é o que resulta nos melhores alimentos.
“Somos o que comemos. E se comemos alimentos produzidos com qualidade, vamos ser mais saudáveis e fortes no combate a eventuais doenças”, acrescenta José.
Os miúdos também aprendem a cultivar o bom
Se para os adultos tudo isto faz facilmente sentido, explicá-lo aos mais pequenos não tem de ser complicado. E a Auchan dá uma ajuda. O novo colecionável junta puzzles 3D, uma quinta/loja em cartão e vários peluches de animais para momentos de brincadeira didáticos.
“O que queremos é simplificar e explicar a uma criança o que é este selo Cultivamos o Bom. Com estas atividades vão perceber como é que os produtos vão da quinta até uma loja Auchan, vão aprender como tudo acontece”, explica Filipa Laborinho Azevedo.
A dinâmica é simples: por cada 20€ em compras nas lojas Auchan ou no site, o cliente recebe uma saqueta com um puzzle 3D, um selo e autocolantes. Depois para colecionar os seis peluches, deve juntar quatro selos por cada um e entregá-los numa loja, além de pagar o valor de 4,99€.
Já a quinta, com a qual os miúdos poderão brincar e onde podem guardar os puzzles, tem um custo de 3,99€. Há também um álbum com atividades e onde se podem colar os autocolantes recebidos na saqueta.