Peter Giesel é conhecido por desmascarar burlões nos destinos turísticos preferidos dos alemães. Desta vez, o local escolhido para a sua visita sempre incómoda foi o Funchal, onde se aventurou pelo famoso Mercado dos Lavradores e, claro, descortinou mais uma vigarice.
A reportagem partilhada no YouTube esta segunda-feira, 19 de julho, teve origem nas diversas queixas que iam sendo feitas pelos turistas que por lá passavam e davam pelo estratagema. Consistia na adulteração das amostras oferecidas no mercado — adocicadas de forma artificial — para convencer os compradores a pagarem os valores exorbitantes. Muitos caíam no estratagema, hipnotizados pela doçura inigualável da fruta.
Giesel deixou-se levar. Provou a fruta incrivelmente doce e apetecível, encheu um saco e pagou mais de 85 euros. O problema? Quando provou a fruta, o sabor nada tinha a ver com o que tinha degustado na amostra. A fruta era incomparavelmente mais ácida.
Para comprovar o esquema, Giesel fez duas coisas. A primeira: certificar-se de que as amostras dadas aos turistas estavam realmente adulteradas através de um teste de glicémia. O resultado foi esclarecedor e demonstrava que não seria possível que a fruta apresentasse aquele nível de açúcar de forma natural.
Por fim, o preço. Giesel saiu do mercado, deslocou-se a uma mercearia comum, a poucos metros do mercado, e comprou um saco de fruta idêntico, pelo qual não pagou mais de 10€.
De acordo com o “Diário de Notícias” da Madeira, este é uma burla já bastante conhecida por parte da Autoridade Regional das Atividades Económicas, a entidade responsável por este tipo de fiscalização. Admite até já ter recebido “diversas queixas relacionadas com a prática nos mercados e feiras da região, no que diz respeito ao corte e adição de açúcar na fruta para consumo nos stands e/ou bancas dos mercados municipais”, cita o “Diário de Notícias”.