Até ao final do ano, todas as quartas-feiras vão ter um sabor especial. Aquela que no século XIX ficou conhecida como “a casa mais bonita do Porto”, hoje sede da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, abre as suas portas todas as semanas para uma degustação desta bebida.
Antes disso é feita uma visita guiada ao Palacete Silva Monteiro, na Rua da Restauração, 318. Durante uma hora, pode explorar os três pisos do edifício, com a orientação de um guia especializado, membro do Curso de Restauro da Universidade Católica do Porto (envolvido na recuperação do espaço), apto a explicar os pormenores arquitetónicos e decorativos da casa.
No final, chega então a tão esperada hora de provar dois vinhos verdes nos jardins da Casa do Vinho Verde. Com um limite máximo de 15 participantes cada, as visitas decorrem de hora a hora, das 14h30 às 18h30, e estão sujeitas a inscrição prévia, com um custo de 5€ por pessoa.
Exclusivamente produzido na região demarcada dos Vinhos Verdes, no noroeste de Portugal, o vinho verde é feito somente a partir das castas autóctones da região, “preservando a sua tipicidade de aromas e sabores tão diferenciadores a nível mundial”, lê-se no site.
Conta a história que terão sido eles os primeiros vinhos portugueses exportados para os mercados europeus. Nos séculos XVI e XVII, eram regularmente transportados para o Norte da Europa nos mesmos barcos que traziam o bacalhau e produtos manufaturados para sul.
Dos solos férteis de Melgaço a Vale de Cambra, de Esposende até às montanhas de granito de Basto, na fronteira com Trás-os-Montes nascem “vinhos incomparáveis”. Desde os Verdes de estilo clássico, jovens, leves, frescos e com baixo teor alcoólico aos sofisticados, com grande potencial de guarda, aromas e sabores complexos, intensos e minerais.
“À medida que aos vinhos de perfil jovem e fresco, se juntam outros de caráter intenso e estruturado, de todas as cores, aumenta a oferta da Região com uma paleta de sabores que variam de elegantes a complexos”, garante a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.
“De diferentes vinhos verdes monocasta, como a Alvarinho ou o Avesso, aos de diferentes parcelas ou terroirs, vinhas novas ou velhas, com estágio em barrica ou de colheitas antigas, facilmente acompanham um menu inteiro”, continuam. “Porque o clima e as castas autóctones permitem produzir uma infinidade de referências diferentes, de todas as cores e estilos há uma ampla variedade de vinhos diferentes, elegantes e gastronómicos”.
Carregue na galeria para conhecer alguns vinhos nacionais que custam menos de 5€ e que vai querer acrescentar à sua garrafeira particular.