Sempre que ia a festas ou recebia amigos em casa, Filipa Valente ficava encarregue da bebida. Nada de vinhos ou sumos. É natural da Madeira e levava sempre um produto típico da terra natal: a poncha. Fazia a bebida de forma tradicional com aguardente de cana e era sempre um sucesso. Sempre quis ter um projeto próprio e viu neste cocktail uma oportunidade de negócio.
Desta forma, começou a ser criada a BisBis. Filipa juntou-se a outras duas amigas no projeto: Lucinda Castro, 42 anos, também madeirense e que conhece desde os 15 anos; e Leah Johns, 41, a americana quer provou a poncha num dos tais encontros.
“Sou engenheira civil, mas sempre quis ter um projeto meu e de experimentar coisas novas. Sou muito ligada à Madeira e pensei que tinha de ser algo que tivesse a ver com a ilha. A poncha sempre foi um sucesso quando levava e a ideia começou a ganhar força”, explica Filipa à NiT.
É numa loja em Campo de Ourique, em Lisboa, que é feita toda a produção da BisBis. Em setembro, o objetivo é que abra uma loja público para a venda de garrafas, levantamento de encomendas e até prova de algum copo.
“Todos os ingredientes que usamos são nacionais. A aguardente de cana vem de barco de um dos mais antigos engenhos da Madeira. O mel é de uma produção familiar do Alentejo. Depois usamos sempre sumos frescos.”
Na BisBis não é feito qualquer stock da bebida. Sempre que recebem a encomenda, a poncha é preparada no momento. “É tudo natural, sem corantes ou conservantes, uma bebida mais autêntica e com ligação às origens.” Deve, portanto, ser consumida logo no próprio dia ou nos seguintes.
A poncha é vendida em garrafas de meio litro ou um litro e tem um preço a partir dos 15€. São quatro as versões que pode encomendar na Bisbis. Há a tradicional, com laranja e limão; a pescador, de limão; a de maracujá, com laranja, limão e maracujá; e a de frutos vermelhos, com laranja, limão e frutos vermelhos.
As encomendas podem ser feitas por mensagem privada no Instagram ou até por WhatsApp através do número 935 801 868. Com a loja em Campo de Ourique ainda fechada, pode ser combinado um sítio no bairro para levantar a encomenda ou noutra zona a combinar entre o cliente e as responsáveis.
“O nome [Bisbis] veio de um pássaro endémico da Madeira. Já o nosso logotipo foi criado por uma designer madeirense, a Rosa La Peligrosa, com base neste animal.” Pode vê-lo em qualquer uma das garrafas de vidro da BisBis.
Neste momento a bebida já está em destaque num bar em Lisboa, a Ressaca Tropical. “É um dos cocktails da casa.” Estão a negociar com outros espaços para que conseguiam expandir a venda da bebida.
“Depois da abertura da loja, espero que o projeto cresça ainda mais, tem potencial para isso uma vez que que temos recebido tantos comentários positivos, por ser um conceito diferente.”
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