Após uma subida abrupta no início do ano, o preço do cabaz dos bens alimentares considerados essenciais, finalmente, desceu. A redução, abrangida pela medida de isenção de IVA, atingiu os 10,14 por cento, anunciou esta segunda-feira, 11 de setembro, o Ministério da Economia.
“Desde o início da vigência da medida (18 de abril) até ao passado dia 4 de setembro, a redução dos preços dos bens alimentares atingiu o valor de 10,14 por cento, evidenciando esse resultado uma diminuição sustentada e progressiva dos preços dos bens alimentares abrangidos pelo referido cabaz ao longo deste período”, apontou o ministério.
O início na guerra na Ucrânia (a 23 de fevereiro de 2022) foi apontado como o principal aumento do preço deste cabaz, que subiu 27,89 por cento. Peixe, carne, legumes, frutas, massas, arroz, azeite, óleo, ovos, açúcar, leite, pão e farinha fazem parte da lista dos 63 alimentos considerados essenciais. Em três grandes cadeias de distribuição alimentar já foram registadas margens de lucro brutas acima dos 40 e 50 por cento em alguns destes produtos.
As cebolas, por exemplo, são um dos hortofrutícolas onde esta margem é a mais elevada (50 por cento). Quanto aos ovos, laranjas, cenouras, e febras de porco, a percentagem ronda os 40 por cento. Relativamente às conservas, azeite e couve coração a margem é entre 30 e 40 por cento. Já na dourada, açúcar e óleo pode chegar aos 30 por cento.
A revisão em alta dos preços resultou em várias queixas à Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO Proteste) e resultou na vigilância mais apertada por parte do Governo, através da comissão de acompanhamento do pacto para a estabilização e redução do preço dos bens alimentares.
Leia também o artigo da NiT para conhecer a lista completa de bens essenciais abrangidos pela medida do IVA Zero, estendida até ao final do ano.
