Desde outubro passado que o Caracol do Bairro não dava notícias nas redes sociais. Este mês, tudo mudou. “Estávamos ansiosos por vos contar as novidades”, “é já amanhã”, “estamos de volta” foram algumas das publicações que o espaço partilhou nas últimas semanas. O projeto dedicado ao petisco no Lumiar, em Lisboa, reabriu na quinta-feira, 14 de abril.
Em 2018, serviu as primeiras caixas de caracol cozido. Desde então, todos os anos, mais ou menos por esta altura, volta a apresentar o petisco — antecipa-se sempre umas semanas em relação ao mês ideal para comer caracóis. Segundo a tradição popular é nos meses sem “r” que estão melhores, ou seja, entre maio e o final de agosto.
O espaço do Caracol do Bairro fica na Rua Professor Manuel Valadares e apenas funciona como take-away. Pode passar por lá e pedir os caracóis ou ficar em casa e encomendar as caixas através das plataformas da Uber Eats e da Glovo.
Escolher a quantidade a encomendar é quase como comprar uma T-shirt numa loja de roupa. Tem as caixas de tamanho M (11€), L (17€) ou XL (26€). As mitras são outra das opções deste espaço. Neste caso, são preparadas à Bulhão Pato.
Depois tem sempre várias bebidas para compor o pedido, como cervejas de vários tamanhos, refrigerantes, água e garrafas de sangria de vinho branco ou tinto.
Durante a semana — tirando à segunda-feira que estão encerrados —pode passar pelo espaço a partir das 15 horas. Já ao fim de semana, aos sábados e domingos, os caracóis cozidos estão disponíveis logo a partir das 11 horas.
Ruben Alves, 38 anos, é o responsável por este projeto. Parece um pouco contraditório, mas não é o maior fã de caracóis. “Como, mas só uns dois ou três. Gosto mais de molhar o pão no molho”, explica à NiT. Aprecia um bom bitoque e uma serradura para a sobremesa.
Sempre trabalhou com o pai que tem também um negócio de caracóis na zona de Frielas. Em 2018, quis apostar num espaço próprio e abriu o Caracol do Bairro. O pai só os vendia vivos. Ruben aposta também nos cozidos e na versão à Bulhão Pato.
A época arrancou em abril e deve prolongar-se, pelo menos, até setembro — já percebermos que este é um espaço que não cumpre a tradição popular, mas nada contra.
Nos meses em que os caracóis não são servidos, vendem outro tipo de animais. É o caso de coelhos, lebres e perdizes, tudo fresco e por cozinhar.
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