Gourmet e Vinhos

Caralhus: a nova marca de vinhos que “desafia os limites do convencional”

A marca foi criada por dois jovens que cresceram a ver os avós a produzir a bebida. Agora querem criar rótulos "transversais".
Chega em agosto ao mercado.

Caralhus. Calma, a intenção não é insultar. Este é apenas o nome da nova marca de vinhos, produzidos no norte do País, que chegam ao mercado nas próximas semanas. O nome inusitado capta a atenção de todos a que a ouçam, mas o motivo de Sérgio Ribeiro e José Rocha, ambos de 24 anos, não era esse.

“Somos amigos desde miúdos e sempre estivemos envolvidos nos processos de vindima das casas dos nossos pais e avós. As primeiras semanas de setembro eram passadas entre lagares e a pisar uvas. E nesse meio as asneiras e ‘caralhadas’ faziam parte da tradição”, conta José Rocha à NiT.

Os anos decorreram e acabaram por seguir outros rumos. José tornou-se professor de marketing na Escola Profissional de Gaia e Sérgio o encarregado na serralharia da família. Porém, nunca esqueceram a ideia que tiveram em adolescentes de, um dia, criar o próprio rótulo.

A experiência marcou-os de tal forma que passados uns pares de anos decidiram criar uma marca de vinhos. “Começámos por falar com uma adega que conhecíamos em Santo Tirso para perceber a viabilidade do negócio. Acabámos por perceber que podia dar certo e decidimos avançar. Fiz umas maquetes dos rótulos e depois fizemos uma prova para escolher os rótulos que queríamos”, explica.

“O objetivo era honrar as nossas raízes, a nossa família e a região. Mas também queríamos algo ousado e menos convencional”, explica o marketeer. Acabaram por optar por um branco, um tinto e um rosé. “Decidimos começar com estes três porque pelo que fomos aprendendo enquanto crescemos eram os que seria melhor recebidos. Além disso, são boas referências para o verão.”

As três variedades.

Embora desta vez tenham optado por escolher “referências que estão em lote”, no futuro querem ter um rótulo criado por eles. “Vamos voltar a estudar e tirar formação específica para entrarmos e posicionarmo-nos neste mundo dos vinhos.”

Os maiores desafios para a dupla estreante no mercado foi conseguir produzir “consoante as regras” na perspetiva de comercializar. Habituados à produção caseira, precisaram de fazer tudo com calma e ponderação. Depois disso seguiu-se outro desafio: os rótulos. “A rotulagem foi mais difícil do que esperávamos, assim como a escolha das tampas. Tinham de ter algumas características específicas para armazenar as bebidas nas condições necessárias.”

A marca foi lançada esta sexta-feira, 26 de julho, e o único desejo dos nortenhos é que se torna numa referência transversal a várias faixas etárias. “Acabam por serem fáceis de beber porque são frutados. O objetivo é que jovens e pessoas mais velhas escolham o Caralhus para acompanhar os pratos, ou apenas um bom momento.”

Os vinhos escolhidos são produzidos na Victor J. F. Matos, em Santo Tirso e têm um volume alcoólico de 10 por cento. A frescura e acidez equilibrada fazem deles o par perfeito de uma variedade de propostas, de mariscos e peixes, carnes grelhadas ou queijos. “São ótimos como aperitivo, preparando o paladar para a refeição que se segue.”

Agora, a expetativa é que após o lançamento vendam cada vez mais, mas paulatinamente. E vão reforçar esta vontade com o lançamento de merchandising da marca. “Vamos ter t-shirts com o nosso logo, saca-rolhas e outros acessórios relacionados com o mundo dos vinhos.”

As garrafas de Caralhus estarão disponíveis nos próximos dias para distribuição em todo o País. Poderão ser encomendadas diretamente, através do site ou das redes sociais. Por altura do lançamento cada uma custará 6,99€ e o pack de seis por 34,99€.

“Neste momento lançamos as redes sociais e o site para que os clientes se possam inscrever. Na última semana conseguimos 600 pessoas registadas.”

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