Balões de vidro, colheres em espiral, limões pelo ar, especiarias e malabarismos. Pedir um gin tónico traz consigo uma elevada probabilidade de um bocejo provocado pela longa espera — ou não. A Cicerone criou uma gama onde o cocktail vem pronto a beber.
Bruno Coxixo, dono da Craft Heritage, apercebeu-se que em qualquer evento, casamento ou batizado o bar dos gins estava sempre com muita confusão. Os barmans não tinham mãos a medir entre fatiar a casca dos citrinos, servir o destilado e verter a água tónica pela colher em espiral. Como resultado, formavam-se filas de clientes à espera dos cocktails.
Dono de uma destilaria em Vila Viçosa, no Alentejo, começou logo a imaginar que tipo de soluções poderia arranjar para acabar com a confusão que se aglomerava nos bares. E chegou à conclusão que tinha de desenvolver um produto pronto, que fosse servido em forma de imperial ou em garrafa.
O gin já tinha. O Cicerone, feito à base de lúpulo e malte, foi produzido pela marca em 2017 através de técnicas tradicionais. “Tal como o próprio nome indica, defendemos a arte de bem receber. Receber alguém na nossa casa, mostrarmos a nossa terra e o que esta tem de melhor e fazer com que os visitantes partam mais ricos do que quando chegaram”, explica na apresentação da marca. Depois foi só produzir a água tónica e passar aos testes de engarrafar a mistura perfeita de ambos.
No final, Coxixo queria apenas uma coisa: conceber uma garrafa com gin já com água tónica misturada. Ou seja, sem que fosse necessário fazer medições ou escolher que tipo de destilado usar. Depois, num plano mais ambicioso, precisava também criar alguns sabores que correspondessem à procura deste tipo de bebida. E conseguiu.
Com os novos Cicerones Ready to Drink os clientes só precisam de sacar a carica, adicionar gelo e os ingredientes que mais gostam (seja casca de laranja, limão ou pimentas) e depois despejar o líquido no copo. Em segundos têm um cocktail pronto a servir.
No final de 2023 engarrafou as primeiras amostras do gin, tornando a Craft Heritage na primeira empresa portuguesa a fazê-lo. Depois desenvolveu quatro sabores, o original (com 8,4 por cento de volume), feito com frutas maduras tropicais, o clássico (com 9,4 por cento de volume), com um travo a zimbro e servido normalmente com limão, o de hibisco e frutos vermelhos (com 8,4 por cento de volume) que tem uma cor rosada e o de Ginger Ale (com 8,4 por cento de volume), que tem um “travo mais picante” e pode ser servido com “pimentas”.
No entanto, a procura por sabores diferentes não se fica por aqui. Todos os meses a marca tenta criar uma edição limitada com travos distintos. O último, lançado durante o verão, foi o de chocolate e menta. Todas as garrafas são de 25 centilitros, mas há também as versões em barris de dez e 20 litros.
Este ano, com a ajuda da Sogenave que está encarregue da distribuição, já chegaram a vários restaurantes, discotecas e bares. Mas o objetivo é que em breve preencham as prateleiras dos hipermercados de todo o País.
Enquanto esse objetivo não é cumprido, os curiosos podem fazer uma compra à empresa de distribuição. Para quem tem negócios na área, compensa o formato barril, com o gin a ser servido com uma torneira, à semelhança de uma imperial. Os preços variam entre os 75€ e os 127€ para os barris e os 2,50€ a garrafa.
No caso dos clientes particulares, o melhor é visitar vários espaços, de norte a sul do País, onde a marca está presente. Em Lisboa, por exemplo, pode experimentar no quiosque DejaVu Park, no Jardim Mário Soares, Campo Grande. Os valores variam entre os 6€ e os 10€.
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