Quem não resiste a um bom vinho deve pelo menos espreitar o Inspire, espaço que inaugurou a 18 de fevereiro, na cidade da Maia, e bebida em torno da qual tudo gira. Ana Ferro, gestora hoteleira de formação, é a responsável pelo projeto que “pretende ser um meio de divulgação, através dos eventos que organiza”, de “fantásticos produtores portugueses”.
Entre degustações harmonizadas com petiscos regionais — como queijos, chutneys, salpicões, bolas de carne e empadas —, provas comentadas e workshops, os interessados vão poder descobrir, por exemplo, “vinhos tranquilos, do Porto, verdes, da Madeira, espumantes, licores, aguardentes, bebidas espirituosas e cervejas”, conta Ana à NiT.
Antes de se lançar nesta aventura vinícola, a empreendedora exerceu atividade na área em que se formou, enquanto trabalhadora por conta de outrem, até 2015. Nesse ano, decidiu mudar de vida e, com esse objetivo em mente, criou a própria empresa e dedicou-se ao alojamento local.
Em 2019, fez uma nova mudança quando se assumiu como empresária na área da organização de eventos. A ligação à hotelaria, contudo, permanece até hoje, uma vez que ainda dá aulas sobre o tema no Instituto Superior Politécnico Gaya, explica. Foi nessa altura que a Inspire começou a dar os primeiros passos, como marca que se dedica à realização de todo o tipo de iniciativas, como as já conhecidas Vinhos a Descobrir.
A aposta em eventos vínicos surge “pela vontade de promover” ações do género “na área do grande Porto, de modo a proporcionar uma oferta especializada, e mais vasta do que aquela que existia em 2018. Em 2020, e de forma natural, a aposta passa a ser em pequenos produtores, que têm vinhos e outros produtos fantásticos que devem ser conhecidos pelo grande público”, diz.
Agora, dá salto para o comércio local com a abertura de um espaço físico, que quer também inspirar a realização de eventos que permitam apresentar produtores portugueses de qualidade. “Daqui a pouco tempo”, espera que as pessoas verifiquem as redes sociais do Inspire regularmente para consultarem a programação do fim de semana e saibam quando podem ir “desfrutar de um momento excelente com amigos e família, descobrindo sempre algo novo produzido em Portugal”, adianta Ana.
O preço das iniciativas depende sempre do valor praticado pelo produtor que a promove, assim como do petisco com que será harmonizado. “O visitante comprará um pacote que inclui provas de vinhos, petiscos e tapas, funcionando como um almoço ou jantar vínico com “finger food”, descreve a mentora do negócio.
Continua: “estão pensados eventos com cerca de cinco referências de bebidas (mínimo) e cinco tapas e petiscos. Aumentando o número de referências apresentadas, o número de petiscos também cresce.” Para que nada lhe escape, vale estar atento às páginas no Facebook e Instagram da marca — é por lá que se divulgam toda a programação. A ideia é, a princípio, realizar atividades com cadência mensal, que depois podem passar a ocorrer de 15 em 15 dias.
De acordo com Ana, o espaço distingue-se de outros do género por dar primazia ao que se produz a nível nacional, apesar de não descartar a realização de atividades “fora do ninho”, uma ou duas vezes ao ano, com produtos estrangeiros. O aluguer do local para a realização de lançamentos é negociável.
