A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) incluiu Portugal no período transitório da União Europeia para a produção, venda e consumo de produtos alimentares que contenham sete espécies de insetos. Isto significa que, a partir de agora, já não precisa de viajar até destinos exóticos para experimentar grilos, larvas ou gafanhotos.
Em certos pontos do mundo são mesmo considerados uma iguaria, mas nunca fizeram parte da gastronomia portuguesa — por cá, são mesmo encarados com bastante desconfiança. Segundo a DGAV, desde esta segunda-feira, 28 de junho, já se pode comercializar estes insetos inteiros, não vivos, ou moídos em farinha, mas o mesmo não se aplica a apenas “partes ou extratos” dos mesmos.
As espécies em causa são Acheta domesticus e Gryllodes sigillatus (duas espécies de grilos); Alphitobius diaperinus (besouro); Apis mellifera male pupae e Tenebrio mollitor (duas espécies de larvas); e Locusta migratória e Schistocerca Gregaria (duas espécies de gafanhotos).
No entanto, a DGAV ressalva que, segundo a Agência Europeia para a Segurança dos Alimentos – EFSA, várias espécies de insetos podem “causar alergias ou alergias cruzadas, especialmente para quem sofre de alergia a marisco. Assim, é importante que os consumidores sejam claramente informados na rotulagem e na comercialização, que um alimento contém insetos e de que espécie são.”
Quanto à importação, esta só pode acontecer do Canadá, Suíça, Coreia do Sul, Tailândia e Vietname.