Lena d’Água e uma cozinha: ora aqui está uma combinação que poucos esperavam ver (ou ouvir). E se juntar o chef Kiko, a probabilidade ainda se torna menor. Mas é precisamente esta a proposta do Gourmet Experience.
É já esta sexta-feira, dia 31 de março, que a cozinha e a música se unem no sétimo piso do centro comercial El Corte Inglés, em Lisboa. Qual é a ideia? Nós explicamos. Primeiro come-se e depois ouve-se a atuação da cantora. A sessão de showcooking tem início às 19 horas. Neste momento, o chef Kiko vai cozinhar ao vivo três pratos do seu restaurante Poke. E Lena d’Água estará lá para ajudar.
Pode contar com uma sugestão de lombo de atum, puré de cenoura, molho kimchi e arroz e outra de sashimi de vieira e beterraba em texturas com algas tosaka, avelã e arroz. Ambas estão disponíveis no menu do restaurante. Para a sobremesa, a dupla fará o vulcão havaiano. Não a conhece? Imagine, então, uma delícia cremosa de chocolate negro 74 por cento com telha de cacau, espuma de goiaba e crumble de avelã.
No final da refeição, e de barriga cheia, é a vez de se ouvir o concerto de Maria. A atuação está marcada para as 22 horas, no átrio dos restaurantes. O acesso é livre. Este é apenas um dos vários eventos na agenda musical que tem animado o Gourmet Experience do El Corte Inglés toda as sextas-feiras.
O Poke une as as cozinhas havaiana e japonesa há cinco anos. No fundo, o restaurante resultou de um conjunto de ideias que o chef Kiko trouxe de uma viagem por 23 países diferentes. No mesmo piso, localizam-se também os restaurantes Tasca Chic e Jacaré, ambos de José Avillez; Cascabel; Balcão (do chef Henrique Sá Pessoa), Ribalta e Imanol.
Neta do mais elegante levantador de taças da história do Benfica, o avançado José Águas, foi em 1979 que, ainda sob o nome de Maria Helena Águas, lançou o seu primeiro álbum de música infantil “Qual É Coisa Qual É Ela?”. Dona de uma voz de menina e uma carinha angelical, a Maria Helena passou a Lena d’Água e na década de 80 conquistou as tabelas e os corações dos portugueses. Teve uma carreira ultra-prolífica naqueles 10 anos, tanto a solo, como na Salada de Frutas e na Banda Atlântida e assim se tornou numa das estrelas pop que mais brilharam no nosso país. Depois, veio “a porcaria da droga” e a nossa menina perdeu-se. E nós esquecemo-nos dela.
Fast-forward até 2019 e Lena estaria de volta com “Desalmadamente” — o seu primeiro álbum a solo de originais desde “Tu Aqui”, de 1989. “Desalmadamente” é um disco sonhador e quase autobiográfico. “Quase” porque, na verdade, foi escrito por Pedro da Silva Martins, dos Deolinda.
