Gourmet e Vinhos

O paraíso do chocolate abriu em Sintra (e até tem buffet de mousses)

Bombons de todos os sabores — de café e gengibre a azeitona e vinagre balsâmico — são outros dos atrativos do espaço.
Vale a visita.

Não é a primeira vez que Paulo Veríssimo e Pedro Gomes se unem para criar um projeto, literalmente, delicioso. Em 2019, a dupla já tinha fundado a marca Dona Estefânia, que tem as queijadas e travesseiros tradicionais de Sintra como especialidades. Agora, no Da Vila, que abriram em São Pedro de Penaferrim, também em Sintra, a 14 de fevereiro, o chocolate artesanal está no centro das atenções.

Apesar de apenas ter ganho forma agora, a ideia de abrir um projeto exclusivamente dedicado ao cacau tem muitos anos. “Sou formado em economia, mas a minha base familiar esteve sempre ligada à restauração e ao turismo”, começa por explicar à NiT Paulo Veríssimo. “Desde miúdo, e em todas as viagens, o chocolate sempre me fascinou. E não só como consumidor. Tive sempre a ideia de que, mais dia menos dia, este chegaria com força ao nosso País”, acrescenta. Daí, não surpreende que seja uma área na qual sempre tenha ambicionado investir.

O espaço que agora inaugurou, em parceria com Pedro, é, contudo, apenas um primeiro passo de um projeto maior. “Queremos muito ter a nossa própria marca de tabletes” e, quem sabe, um dia, “criar um atelier de chocolate”, revela. No fundo, “uma espécie de escola com vários cursos ligados à pastelaria e ao chocolate. Creio que ainda não exista nenhuma”, explica.

Enquanto esse desejo não se concretiza, apostam tudo no Da Vila, que os fãs de chocolate (e não só) precisam de conhecer. Por lá, irão encontrar bombons para todos os gostos, dos tradicionais aos que parecem apenas existir na imaginação dos mais excêntricos.

Para os que apreciam os sabores mais típicos não faltam os de gengibre, praliné, chocolate negro (70 por cento), café, caramelo salgado e baunilha. Para os dispostos a arriscar as papilas gustativas existem os de azeitona, marmelada, vinagre balsâmico, pimenta rosa, queijo da serra e cereja do Fundão, por exemplo. Independentemente do clube a quer pertencer, saiba que os bombons custam 90 cêntimos à unidade, mas também podem ser adquiridos em caixas cujos preços variam entre os 3€ e os 20€.

Outro dos grandes atrativos do espaço é o buffet de mousses (2,40€), que permite provar seis variedades: com 53 ou 70 por cento de cacau, chocolate de leite, chocolate branco, vegan e alfarroba. “A ideia de ter sugestões feitas a partir de diferentes percentagens de cacau vai ao encontro da exigência do próprio consumidor, cada vez mais informado e mais requintado”, clarifica Paulo Veríssimo. Assim, o cliente pode decidir entre experiências de sabor “mais ou menos saudáveis, mais ou menos intensas, mais ou menos marcantes, mas sempre diferentes e memoráveis”, acrescenta.

Igualmente recomendável é o bolo de chocolate com assinatura Dona Estefânia, uma boa solução para quem procura encerrar com chave de ouro o próximo jantar de grupo (40€/1,5kg), e para os que apenas desejam um lanche diferente que ajude a quebrar e dar um toque doce à rotina (3€/fatia). Pode acompanhá-lo com o chocolate quente (2,80€), “sempre a sair” que servem. Com a chegada do calor, aparecem também os gelados. Ferrero Rocher, Kinder Bueno e M&M’s são algumas das sugestões que propõem.

Todas as receitas que aqui servem foram criadas com base em quatro marcas deste derivado do cacau. As nacionais Melgão e Carob; a francesa, Valrhora; e a santomense Diogo Vaz. Caso queira criar as suas, saiba que vendem chocolate ao quilo e, claro, as tabletes que dão origem aos bombons.

Fica no número 18 do Largo 1.º de Dezembro.

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