O cabrito e o borrego são os convidados principais de qualquer mesa nas festividades, mas todos sabem que o vinho é o verdadeiro anfitrião. Entre as centenas de referências nacionais, apostamos que ainda está indeciso quanto à que vai comprar para acompanhar o almoço da Páscoa, mas não se preocupe. Encontrámos a sugestão perfeita — foi recentemente premiada.
O Camolas Grande Escolha — Vinha Velha 1931 foi considerado um dos melhores vinhos no Concurso International Awards Virtus, “uma das mais importantes competições a nível internacional”. Durante o evento, que se realizou em Lisboa, a 4 e 5 de março, arrecadou medalha Grande Ouro. E se esta distinção não lhe parece suficiente para ser experimentá-lo, talvez o ano da vinha com que foi produzido o faça mudar de ideias.
É que, tal como o nome indica, o vinho resulta da vinificação de uvas da casta Castelão colhidas da Adega Camolas, o que o torna “muito especial” para a casa. “Plantada em 1931 em solos arenosos e seguindo a tradição da época, é uma vinha não armada onde as plantas não estão organizadas em linha tornando assim impossível a sua mecanização”, explicam os responsáveis.
“O objetivo foi criar um vinho que represente a casta Castelão e a região de Palmela na sua plenitude. Um vinho de uma vinha realmente velha”, acrescentam. Para se chegar a este tinto, fez-se, então, uma vinificação pelo método tradicional de curtimenta em cubas de inox, com temperatura controlada a 26 graus.
Através de remontagens diárias, a intensidade foi diminuindo ao longo da vinificação “por forma a extrair os aromas frutados e a cor pretendida”. Após a fermentação Maloláctica estagiou durante seis meses em carvalho francês, passou um ano em depósito e, ainda, seis meses em garrafa.

Agora, está pronto para ser bebido. De preferência, como acompanhamento de tapas de enchidos gordos e queijos intensos, ou como harmonização de pratos de cozinha típica portuguesa, de carnes de caça, de feijoada e do tradicional cozido à Portuguesa.
Segundo os produtores, deverá ser decantado ou arejado antes do consumo. “Este vinho tem um grande potencial de envelhecimento, e com uma longevidade estimada de cinco a oito anos. Espera-se que, com o tempo, se torne mais aveludado, frutado e concentrado. Guarde algumas garrafas para acompanhar a evolução deste tinto”, aconselham ainda.
Em nota de prova apresenta uma cor rubi violeta, que evidencia a vivacidade de um vinho jovem. No nariz sobressaem os aromas de frutos vermelhos maduros e especiarias. Na boca nota-se o perfil frutado, com notas de bolota e alguma tosta conferindo um perfil complexo e exuberante, taninos firmes mas redondos. “Apresenta uma frescura e acidez equilibrada, denso, encorpado e um final de boca persistente, resultando num vinho elegante, atrativo e uma apetência gastronómica notável”.
A medalha Grande Ouro atribuída no Concurso International Awards Virtus não foi, porém, a única distinção dada ao Camolas Grande Escolha — Vinha Velha 1931. A referência conta já com outros prémios. Pode encontrá-lo à venda por 29,50€.
Carregue na galeria e conheça alguns vinhos portugueses, a menos de 5€, que tem de adicionar à garrafeira.