A partir de 22 de dezembro, ficou mais fácil para os lisboetas provarem o pudim Rei do chef Miguel Oliveira. A versão do emblemático Abade de Priscos, apresentada no concurso “A Mesa dos Portugueses”, acaba de ganhar um atelier no número 72 da Rua Braamcamp. Ali é possível encomendar o doce, levá-lo para casa ou prová-lo no espaço.
“Tudo começou em 2014, quando participei na competição mais importante da gastronomia nacional e o pudim Rei foi o vencedor absoluto”, começa por contar à NiT o cozinheiro.
“Passei cinco meses na cozinhar a adaptar a receita ao nosso século, sem nunca desvirtuar a sua essência. Através de tentativa e erro constantes consegui, por via da técnica, diminuir a sensação de açúcar característica da proposta original. Também houve um reforço da componente aromática, com a utilização de ingredientes como a casca de limão, o vinho do Porto e a canela”, explica.
“Testei, igualmente, várias mineralidades de água, elemento muito importante para fazer o pudim, e diferentes tipos de gordura. Nesta versão, em vez do habitual presunto de Chaves, optei pelo toucinho de porco Bísaro, uma raça de porco autóctone da região de Trás-os-Montes, alimentada a castanha, que ajudou a harmonizar o brilho e luminosidade, por exemplo.”
A visibilidade e popularidade obtidas graças à competição “A Mesa dos Portugueses” trouxeram cada vez mais clientes, e tornaram a cozinha onde tudo começou, em Braga, demasiado pequena. Mudaram para um espaço maior e, em 2018, instalaram-se em Lisboa, numa tentativa de responder às “cada vez maiores solicitações da restauração e de clientes individuais a sul”. JNcQUOI, Solar dos Nunes, Horta dos Brunos, Cícero, Magano e Restaurante Azenhas do Mar são alguns dos 25 restaurantes na capital onde pode pedir o pudim Rei como sobremesa.
Agora passa a estar acessível ao público no geral no atelier recém-inaugurado. Por lá, encontra também o pudim do Marquês, inspirado na localidade de Oeiras. “O Vinho de Carcavelos é, naturalmente, a alma deste pudim. Também leva azeite, ingrediente inspirado no lagar de azeite existente no Palácio do Marquês. A laranja e as escamas de sal, devido às laranjeiras que povoam os jardins da propriedade aristocrática e a linha de mar Atlântico que banha Oeiras, completam a receita.
O quilo de pudim Rei e do Marquês custam, respetivamente, 36 e 39€. As versões individuais, ideais para provar na loja, ficam por 6€ e 7€.
Carregue na galeria para espreitar o novo atelier do chef Miguel Oliveira em Lisboa.