Depois da Mercadona e do Lidl, chegou a vez de a Auchan anunciar um aumento salarial. A partir do próximo ano, a retalhista está a planear aumentar cinco por cento o salário dos seus colaboradores. Apesar de os orçamentos não estarem ainda fechados, a medida implica um investimento de sete milhões de euros por parte da empresa na massa salarial e vai abranger os 8.500 trabalhadores, “mediante a avaliação de desempenho de cada um”.
Este aumento fica um ponto percentual acima da inflação prevista pelo Governo para 2023, mas abaixo dos 7,8 por cento de aumento previstos para o salário mínimo nacional, para os 760 euros. A notícia foi avançada por Clara Costa, diretora de recursos humanos da Auchan Retail, à “Pessoas”. “Em 2022 fizemos um investimento de sete milhões de euros, valor que, habitualmente, era de três milhões de euros. Para 2023, o que temos previsto é um aumento em termos de massa salarial de 5 por cento”, explicou a responsável.
Num ano que será marcado por uma inflação ainda alta (4 por cento), a medida pretende contribuir para o aumento do custo de vida dos funcionários. “O compromisso é garantir aquilo que é a qualidade de vida dos colaboradores”, reforça a gestora de pessoas. Para Clara Costa, o grande desafio, além das questões de remuneração, é trabalhar cada vez mais a experiência do colaborador e responder àquilo que são as suas necessidades individuais.
Uma das medidas que a Auchan vai adotar também no próximo ano será o alargamento dos dias de férias pagos. A partir de 2023, a retalhista vai garantir que os seus trabalhadores têm direito a 25 dias de férias anuais. O aumento, que corresponde a mais três dias do que o período mínimo imposto por lei, pretende melhorar a experiência dos colaboradores do grupo francês.
Para 2024, a companhia pretende recrutar mil novos colaboradores. As vagas são, sobretudo, para funções nas futuras lojas. Já nos serviços, os perfis de IT, data e digital serão os mais procurados.
Atualmente, os recursos humanos do Auchan incluem cerca de 8500 funcionários. Deste grupo, a percentagem de pessoas que operam nas lojas corresponde a 90 por cento e, por isso, a retalhista reconhece que é necessário ter em atenção as necessidades de todos os trabalhadores.