Clementina ganhou uma segunda oportunidade. A lagosta de cor laranja foi retirada de um supermercado norte-americano e devolvida ao mar após se tornar uma atração local. Segundo a Humane Long Island, uma associação de resgate animal, “um em cada 30 milhões” deste crustáceo nasce com esta cor.
Tudo começou quando a Southampton Animal Shelter Foundation, uma instituição que ajuda animais de companhia, alertou a Humane Long Island sobre a presença de Clementina no supermercado Stop & Shop, em Nova Iorque. O espaço pretendia doar a lagosta a um aquário local, mas este terá recusado a proposta.
A lagosta terá sido pescada antes de 4 de julho e desde que se tornou famosa no supermercado, começou a ser alimentada com camarões. A filha do proprietário batizou-a como Pinky.
Quando soube da história do crustáceo, a Humane Long Island entrou em ação e acolheu-o, dando início a um período de reabilitação antes de o devolver ao mar. A “celebridade” foi posteriormente libertada e despediu-se dos seus salvadores a “nadar à nossa volta, antes de seguir o próprio caminho”.
“As lagostas são animais sensíveis e inteligentes que podem viajar 160 quilómetros ou mais por ano”, afirmou John Di Leonardo, diretor executivo da Humane Long Island, num comunicado mencionado pela revista “People”. “Como todos os animais aquáticos, sentem dor e sofrem quando retiradas das suas casas para serem consumidas ou confinadas a aquários apertados.”
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Poucos dias mais tarde, a associação de resgate animal voltou a partilhar uma novidade — duas outras lagostas laranjas foram devolvidas ao mar. Depois da história de Clementina ter rodado o mundo, a Humane Long Island recebeu “vários telefonemas” de pessoas a alertarem sobre a presença de lagostas idênticas noutro supermercado Stop & Shop (desta vez no bairro de East Setauket) e na mercearia Northport Fish & Lobster.
Tangerina e Navel, como foram batizadas, foram também devolvidas ao mar no mesmo local que Clementina. E o melhor: devido à cor, tudo indica que sejam as suas irmãs e os voluntários esperam que o trio se encontre no alto mar.
“A mutação que leva à coloração laranja de 1 em 30 milhões é hereditária e estas lagostas chegaram a Long Island ao mesmo tempo — sem nenhuma destas lojas terem recebidos crustáceos desta cor anteriormente —, pelo que estas sortudas são provavelmente as irmãs de Clementina e foram apanhadas ao lado dela pelo mesmo distribuidor”, explicou.
A associação terminou a publicação a deixar um apelo: “Sejam raras ou não, ninguém quer ser consumido ou confinado a um aquário apertado. Pode salvar 200 animais tal como estes anualmente, simplesmente ao deixá-los fora do prato.”
De seguida, carregue na galeria para saber mais sobre Clementina.
