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Jaquinzinho: no novo restaurante de Lisboa só há pratos de peixe
Abriu em Santos e tem uma montra como se de um mercado se tratasse. A decoração está cheia de elementos ligados ao mar.
A decoração é inspirada no mar.
No novo restaurante de Santos, em Lisboa, é preciso tocar à campainha para entrar. Chama-se Jaquinzinho, é como se fosse a casa de um pescador, mas das modernas, onde todos são bem vindos e onde o peixe é a única proteína animal a ser servida, claro. Está a funcionar desde setembro, em soft opening, mas só agora, em novembro, é que tudo ficou 100 por cento concluído, e com muito sabor a mar.
O Tio Jaquim foi a personagem criada pelos responsáveis do restaurante para personificar todo o projeto. “É um pescador português que viajou pela Europa e pelo mundo, que se inspirou nas viagens para criar todos estes pratos”, explica à NiT Pedro Carvalho, o gerente do novo Jaquinzinho.
Este é o terceiro restaurante que o grupo abre em Lisboa. O primeiro foi o Burger Factory, na LX Factory. Depois surgiu o Má-Sá, no Bairro Alto, espaço que está a ser agora remodelado para ai surgir o Tico & Taco, um projeto de comida mexicana, que deverá estar pronto nos próximos dias.
Depois de tocar à campanha, é recebido por um teto de algas, uma parede com vários barcos antigos, bóias, casados de pescadores e até um barco virado ao contrário. Tudo elementos que fazem parte da decoração do Jaquizinho. “Não foi uma coisa pensada. Os objetos foram chegando e construímos o espaço aos poucos.”
Depois do balcão de bar, onde são preparados vários cocktails criativos, tem a cozinha aberta à esquerda onde existe um pequena montra de peixe fresco, como se de um mercado se tratasse. “Pode sempre haver surpresas além do que temos na carta com sugestões que se conseguiam no dia e que o chef ache que faça sentido preparar.”
Jaquinzinhos com maionese de trufa (16€).
Claro que o nome do restaurante, uma das entradas óbvias só poderiam ser os jaquinzinhos. São fritos, para comer tudo à mão e acompanhados com uma maionese de trufa (13,50€). Outras das propostas para começar passam pelo choco frito com maionese de tinta de choco (11,5€) ou os camarões à jaquinzinho (16€), uma espécie de camarões à guilho, mas com um toque mais oriental.
E não pode partir para estes pratos sem antes provar o pão da Gleba assado na grelha e acompanhado com manteigas caseiras. Peça dose extra para depois aproveitar ainda melhor os molhos que vão chegar à mesa.
Depois, o menu está dividido entre pratos frios e quentes. Os frios até podem servir bem como entradas para partilhar, como tantos os restantes pratos da ementa. Tem o tártaro de robalo com picado de maracujá e um gelado de manga (18,50€) ou o atum com compota de maçã e espuma de wasabi (19,50€).
Nos quentes há propostas como, a sopa de peixe (15€), o arroz de tomate com peixe galo (20,50€), o peixe do dia frito em azeite com tapioca e molho de caril (22,50€), ou a açorda de bacalhau e gambas no pão (36€).
A decoração tem vários elementos do mar.
Os peixes que estão na montra também podem ser escolhidos para grelhar ou para asar ao sal — neste caso precisa de ser por encomenda. Podem ser servidos com puré de batata e trufa (5€), arroz de tomate (5€) ou legumes salteados (4€).
Tudo isto para acompanhar com os vários vinhos da carta. “Temos maioritariamente brancos e de zonas costeiras. Queríamos trazer mais alguma salinidade. Há propostas da Costa Vicentina, dos Açores e até de Sintra.” Os cocktails são também bastante gastronómicos. Tem, por exemplo, o Capitão Grey, com vodka, puré de abóbora, sumo de limão e xarope de gengibre (11€), ou o Maresita, com tequila, xarope de malagueta, sumo de lima, pepino e sumo de laranja (10€).
E para a sobremesa nada de mar, mas continua algum toque oriental e asiático que vimos ao long da carta. É o caso da mousse de chocolate negro com banana e um creme de açafrão com gengibre (9€); o creme masala chai com figos e um bolo de cardamomo (7€); e a panna cotta de sésamo com caramelo miso, um creme de whisky e uma bolacha de manteiga. Se estiver indeciso, vá para o bolo de chocolate da Nona, com um gelado caseiro de manteiga de amendoim (7€). É escolha segura segura e tem tudo para correr bem.
Há uma banca de peixe como se fosse um mercado.
É normal que depois de sentado alguns minutos vá descobrindo pormenores da decoração que não reparou à primeira como as cortas das cadeiras com recortes de peixe ou a casa de banho que é identificada como latrina. O Jaquizinho tem capacidade para 62 pessoas. Há lugares ao balcão de bar, no balcão de cozinha e ainda no exterior, que irá receber uma cobertura nas próximas semanas.
Às segundas e às terças são os dias em que está encerrado. Depois abre em horário continuo entre almoço e jantar com o menu a ser servido todo o dia. Às sextas haverá música ao vivo ao partir das 19 horas.
Carregue na galeria para conhecer melhor o novo Jaquinzinho.