Após longas horas a dançar, uma noitada com a cabeça enfiada nos livros ou apenas uma saída que durou mais do que planeado, há quem não consiga simplesmente ir para casa sem comer. Embora não seja um hábito muito saudável, há poucas coisas que sabem melhor do que uma fatia de pizza quente de madrugada, uma bifana com molho a escorrer pelo pão ou um hambúrguer gorduroso.
Felizmente, Lisboa é cada vez mais a cidade que nunca dorme e há vários restaurantes que ficam abertos pela madrugada fora, nem que seja apenas ao fim de semana. Existem opções no Bairro Alto, Cais do Sodré, Príncipe Real ou Alcântara, mas também em partes da cidade mais tranquilas como Alvalade, São Bento e o Saldanha.
O Galeto é uma casa com 51 anos, mas a idade não tem sido um problema para enfrentar as longas noites de Lisboa. O restaurante fecha todos os dias às 3h30 (e reabre pouco tempo depois, às 7h30). A única desvantagem é que os preços da carta sobem à medida que o relógio avança.
Outro spot famoso na cidade é A Merendeira, que fica em Santos e tem algumas das discotecas mais concorridas da capital nas redondezas. O grande destaque são os pães com chouriço feitos em forno de lenha, durante todo o dia, e que são servidos ainda quentes a quem lá passa. Pode fazer o pedido em menu, com sopa (3,80€), com bebida (3,50€) e ainda em refeição completa (6,30€) que dá logo para o pequeno almoço do dia seguinte — tem o pão, caldo verde, arroz doce, bebida e café. Tudo isto acompanhado por refrigerantes (1,50€ por copo ou 1,80€ uma lata), café (0,80€) ou, caso pretenda continuar a festa, um copo de sangria por 1,50€ (ou um jarro por 5€).
Para quando lhe apetece algo mais doce, pode sempre correr para a fila dos bolos do Chile, onde existem bolas de Berlim, pastéis de nata, croissants, mil-folhas, pastéis de nata, queques, cornucópias e palmiers (simples e cobertos). Por aqui, grande parte dos clientes são estudantes do Técnico que gostam rumar até ao número 149A da Avenida Almirante Reis. Quando vir uma fila de carros mal estacionados e com os quatro piscas ligados, é porque já chegou. Desça as escadas apertadas, pague em dinheiro e siga para casa.
Entre novidades pode sempre encontrar a Bardô, uma brasserie à moda antiga que abriu portas a 26 de janeiro, na rua Rodrigues Sampaio, a poucos metros do Marquês e da Avenida da Liberdade. Os proprietários, Carlos Garcês e António Pinto quiseram criar um espaço que estivesse aberto desde o almoço até às duas horas da madrugada.
Se preferir comida asiática, passe pelo Izakaya Tokkuri. Ali não falta a típica sopa miso, um clássico das tascas japonesas (1,50€), ou o Nasu Dengaku (6,50€), uma beringela temperada com miso. Se estiver com fome, peça o Ramen de porco (13,50€) e as gyosas de camarão (7,50€), que são servidas vaporizadas num cesto de bambu.
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