Desde 3 de janeiro existe mais um motivo para visitar Cascais. A pitoresca vila, que encanta tanto com o património edificado como com as paisagens naturais, conta com um novo espaço de paragem obrigatória. Falamos do 31, um café, bar e restaurante que abre às oito horas e só encerra pela meia-noite, adaptando-se a cada momento do dia com facilidade. Eduardo (56) e Gonçalo Andrade (23), pai e filho, são os responsáveis pelo projeto.
“Quando tinha 20 e poucos anos, comecei a trabalhar como DJ. Por mais de duas décadas, pus música em vários espaços emblemáticos de Lisboa e Cascais, como as discotecas Benzina, Plateau ou VanGogo. A dada altura, quis ter o meu próprio negócio. Abri o Dudu Bar, no Estoril, que funcionou de 2003 a 2013. Fechei, curiosamente, quase pela exigência de uma namorada na altura, que não gostava que chegasse sempre tarde a casa, o que era habitual, pois gostava de ser eu a abrir e a fechar o bar”, revela Eduardo à NiT.
Se é verdade que a vontade da antiga companheira pode ter tido alguma influência na decisão, também o é que Eduardo estava cansado das dificuldades que se abateram sobre o negócio devido à conjuntura económica. “Tinha vivido um ano muito mau. A grande crise começou em 2008, mas nos restaurantes refletiu-se, sobretudo, em 2011 e 2012. E, ao contrário do que aconteceu agora com o Covid-19, até porque foi um mal que atingiu a todos, não houve nenhuma ajuda. As pessoas desapareceram, simplesmente, dos restaurantes e bares. Quem tinha negócios teve de lidar com as consequências. Fechar o Dudu acabou por ser a solução natural”, acrescenta.
Manteve, porém, a Esplanada de S. Pedro do Estoril, uma pizzaria na praia com o mesmo nome que assumiu em 2006 e ainda hoje comanda. Pelo meio, tentou levar adiante outros projetos, como um espaço de sushi em Cascais. Enquanto isto, Gonçalo crescia a ver o pai trabalhar na área e acabou por interessar-se pela mesma. Tanto que, há cerca de quatro anos, foi fazer um curso de barman na Grécia.
Regressado a Portugal, permanecia a vontade de fazerem algo juntos, que se materializou agora, com a abertura do 31, um nome que surge de forma um pouco inusitada. “Tanto eu como o meu filho gostamos do 13, mas achamos que podia ser muito supersticioso para algumas pessoas, pelo que trocamos a ordem dos números e ficou 31. Por sorte, não havia nenhum sítio que já o tivesse registado.”
Se passar pelo espaço, irá encontrar uma espécie de camaleão. “A nossa ideia sempre foi criar um conceito versátil, no qual as pessoas tanto podem tomar o pequeno-almoço como beber um cocktail. Como a cozinha funciona desde que abrimos até que encerramos, os clientes têm a possibilidade de pedir o que quiserem a qualquer hora. Servimos um pouco de tudo, de panquecas a hambúrgueres, pratos tradicionais, tostas e açaí”, enumera.
Hambúrguer 31, com carne 170 gramas, queijo brie, relish de cebola roxa, bacon, alface e batatas fritas (12€), taco de camarão (7€), ovos mexidos (5€), polvo à lagareiro (13€) e picanha argentina (13€) são apenas exemplos do que pode provar na sala interior ou esplanada que, juntas, têm capacidade para cerca de 100 pessoas. Para acompanhar, não faltam cocktails clássicos como a caipirinha (6€), a margarita (7€) ou o Moscow Mule (8€).
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