Assim como o Encanto, restaurante vegetariano de José Avillez, também o Kabuki, em Lisboa, recebeu a sua primeira estrela Michelin na gala ibérica que se celebrou esta terça-feira, 22 de novembro, na cidade espanhola de Toledo, sem completar sequer um ano de vida.
Aquele que é o primeiro espaço da marca fora de Espanha, chegou à capital portuguesa em dezembro de 2021. Desde então, tem conquistado tudo e todos com a aposta no “convívio harmonioso entre a cultura japonesa e os sabores do mediterrâneo”.
“Sinceramente, não esperávamos conseguir esta distinção tão cedo. O trabalho foca-se nisso, afinal, estamos num grupo sólido, com 20 anos de existência, e sempre quisemos continuar o seu legado de excelência. Não imaginávamos que acontecesse antes de celebrarmos o primeiro aniversário, mas é um bom sinal. A prova de que estamos num bom caminho”, começa por dizer à NiT Paulo Alves, o chef, pouco depois de regressar a casa após aquela que definiu como “uma noite de fortes emoções”.
Segundo o português, o reconhecimento resulta de um conjunto de fatores. “Do esforço de uma equipa que se dedica, de forma árdua e diária, para proporcionar a melhor experiência possível ao clientes, à qualidade do produto — seja o peixe, a carne ou os vegetais — e das técnicas que usamos para o trabalhar”.
Além disso, garante o profissional, que já trabalhou no Penha Longa Resort e no grupo SushiCafé, o restaurante “tem um estilo muito próprio, com duas vertentes: a Edomae, isto é, da alta cozinha tradicional japonesa, e a Kabuki, que permite a quem visita desfrutar de uma mistura das cozinhas mediterrânica e japonesa”.
“O espaço, que se divide em três ambientes, é também muito particular. Temos o Kabuki Experiência, reservado para grupos e onde são servidos os almoços executivos, o Bar Kikubari, perfeito para tomar um cocktail, e a sala do restaurante propriamente dito. Uma oferta vasta e cuidada para que o cliente, que é o mais importante, esteja sempre feliz e satisfeito”, acrescenta.
A estrela, conclui, vem dar uma motivação extra a uma equipa, já de si bastante empenhada. “Agora começou tudo de novo. Se já havia uma pressão para que nada desse errado, agora esta aumentou. Há que redobrar a atenção ao detalhe pata que tudo corra pelo melhor. Mais do que manter o que conquistamos, queremos chegar além”, conclui.
Para experimentar, há dois menus: o Degustação Kabuki (100€ por pessoa) e o Kabuki Ampliado (€135) com sete e nove momentos cada um. Pode acompanhar com uma das mais de 350 referências que compõem a garrafeira construída pelo sommelier Filipe Wang.
Conheça a nova lista de restaurantes com estrela Michelin e leia sobre o significado da distinção atribuída ao Encanto para a cozinha de base vegetal, segundo José Avillez. O artigo acerca da “cozinha de produto português” que valeu o reconhecimento ao Euskalduna Studio também lhe pode interessar. Carregue na galeria para descobrir alguns dos pratos servidos no Kabuki, bem como o espaço em si.