Quem gosta de carnes premium e tem um orçamento acima da média já sabe que a Sala de Corte, o restaurante lisboeta onde servem alguns dos cortes mais caros do País, é um destino incontornável. No verão de 2022, introduziram os bifes Wagyu a 550€ o quilo. Agora, um ano depois, elevaram a fasquia e juntaram a Kobe à lista de sugestões — custa 950€ o quilo.
“A quantidade mínima que se pode pedir são entre 500 a 600 gramas. Se for mais pequena, a carne acaba por encolher e fica reduzida a praticamente nada”, explica uma fonte da steakhouse à NiT. Contas feitas, um prato desta carne pode ficar entre 425€ e 500€.
Os acompanhamentos são pagos à parte. O arroz de forno (10€) com três tipos de enchidos (chouriço mouro, chouriço de cebola e barriga de porco) é uma das recomendações, além das batatas fritas com trufa e queijo parmigiano com 24 meses de cura (10€) e o Brás de cogumelos com espargos verdes (8€).
“Embora seja uma proposta para um tipo de cliente muito específico, temos tido muita adesão. Não é algo que sai todos os dias, mas vendemos regularmente”, explica. Quanto ao sabor, descrevem a carne como tendo uma “gordura mais persistente”, deixando um sabor “suculento e untoso na boca”. “Tentamos sempre passar esta mensagem aos clientes”, garante. O feedback daqueles que já a provaram tem sido bastante positivo.
Por semana, a Sala de Corte encomenda cerca de seis quilos de Kobe, e nem um pedaço é desperdiçado — dado o preço, fazê-lo seria quase um crime. Para acompanhar o pedido, sugerem um tinto do Douro ou até do Alentejo. As garrafas “que casam bem com os bifes” custam entre 50€ e 1300€.

Mas afinal, porque é que esta carne é tão cara? Estes bovinos criados no Japão, mais especificamente na província de Hyogo (na cidade de Kobe), são alimentados exclusivamente com plantas de arroz e milho, uma tradição que remonta ao século XIII. Além disso, apenas bebem água fresca e limpa, e crescem em ambientes tranquilos para que a sua taxa de exposição ao stress seja o mais reduzido possível.
Os animais — que pertencem à raça Japanese Black e linhagem Tijama — só podem ser abatidos quando têm entre 28 e 60 meses. E não é qualquer um que tem acesso a esta carne. Na verdade, é preciso obter uma autorização da Associação de Promoção de Distribuição e Marketing de Carne Bovina Kobe, uma organização japonesa, para a comprar.
“Queremos, cada vez mais, afirmar-nos como um destino gastronómico de referência. O facto de termos, recentemente, alcançado o 34.º lugar no ranking anual do World’s 101 Best Steak Restaurantes contribuiu inequivocamente para a continuidade desta ambição”, explica o chef Luís Gaspar, responsável pela Sala de Corte.
E acrescenta: “Este momento de evolução da nossa oferta acaba por ser um processo natural, num restaurante pensado para todos os apreciadores de carne. Esta é considerada uma das melhores carnes do mundo, e é essa excelência que queremos proporcionar aos nossos clientes. Sabemos que é uma peça muito especial e inesquecível para quem a prova”.
Carregue na galeria para ficar a conhecer melhor a Sala de Corte. Aproveite e leia também o artigo da NiT onde lhe revelamos os segredos que fazem dela uma das melhores steakhouses do mundo.