Restaurantes

A nova pregaria da Margem Sul tem carnes nobres, pão caseiro e cocktails de autor

Peça o Naughty Girl, à base de pimenta rosa, polpa de morango e vodka. É uma das estrelas d'A Fonte da Pipa.

Os familiares, amigos e conhecidos de Tomás Aurélio (23 anos) e Marco Silva (64) tinham uma sugestão unânime. A dupla planeava abrir um negócio na área da restauração e todos consideravam que “a aposta natural” seria num restaurante que tivesse o peixe e o marisco da costa portuguesa como protagonistas. Porém, o duo tomou outro rumo — resolveram investir numa pregaria.

“As pessoas não acreditavam muito nesta ideia, mas esta já era um plano antigo do Marco, pelo que decidimos avançar. Pensámos que éramos capazes de fazer diferente do que se vê por aí”, começa por contar, à NiT, o mais novo. A 1 de março abriram a Fonte da Pipa — Pregaria e Companhia em Almada.

“Conheço o Marco há muito tempo. Não só já trabalhou com o meu pai como são amigos há cerca de duas décadas. Profissionalmente, cruzamo-nos, há sete anos, no Areias da Telha, um restaurante na Costa da Caparica. Eu cheguei a chef de sala e ele tratava da contabilidade. Também trabalhou como gerente. Há um ano, mais ao menos, saímos. Enquanto fui para o Casino de Lisboa, porque queria aprofundar os meus conhecimentos de bar, o Marco andou atrás de um sítio em que pudéssemos abrir algo nosso”, acrescenta.

A procura deu frutos quando se deparou com o espaço o número 3A da Rua Capitão Leitão, que já serviu de morada a vários negócios. O mais antigo de que há memória chamava-se, precisamente, Fonte da Pipa, um nome que decidiram recuperar, até porque continuava gravado na calçada. Agora, quem lá passa, encontra uma pregaria que garantem distinguir-se pela aposta em produtos de qualidade, maioritariamente portugueses.

Uma das nossas particularidades, é que o pão que servimos, seja com os pregos ou petiscos, é caseiro. Este é, inclusive, cozido na hora em que o cliente pede. Também temos algumas carnes nobres, como costeletões. Um dos pratos que se destaca é a costeleta de porco recheada com queijo da Serra e batata assada (12€). Divinal é a palavra que me ocorre para descrevê-lo. Outra proposta que sobressai, e acabou por se tornar uma especialidade da casa, apesar do pouco tempo de abertura, é o bife de atum com puré de batata-doce (10€), que o Marco criou e é excelente. Acabamos por usar esse puré noutras receitas”, diz Tomás.

Os pregos, todos servidos no pão, como não podia deixar de ser, são as grandes estrelas do projeto e surgem na carta em quatro versões: há o original (4,5€), o do campo com ovo (5,5€), o com queijo da Serra (6,5€) e o do mar (8€), com atum e cebola frita. Independentemente do que escolher, dificilmente ficará desiludido.

Para acompanhar, há vinhos e cervejas, claro, mas também cocktails. “Inicialmente, tínhamos só propostas clássicas (7€), como o negroni, a caipirinha e o mojito. Sempre quis, contudo, oferecer criações próprias. Assim, nos primeiros cinco dias fui experimentando, desde macerar ervas a fazer polpas de fruta, até criar mixes satisfeitos. O resultado foram sete cocktails únicos (7€), que não encontra em mais lado nenhum, pensados para acompanhar bem a comida. Isto porque o teor de álcool, embora não seja necessariamente baixo, é disfarçado, pelo que vai bem com uma refeição”, explica o responsável.

Tomás não esconde a preferência pelo Naughty Girl, à base de pimenta rosa, polpa de morango e vodka. No espaço, com capacidade para 40 pessoas e uma decoração que envolve tons cinzentos e muita madeira, pode ainda pedir o Spicy Daisy ou o Gentleman. Enquanto o primeiro leva tequila, abacaxi e cardamomo, o segundo é feito com uísque, frutos vermelhos e cardamomo.

Os fãs de vinho deparam-se com referências do Dão, Douro, Alentejo e Bairrada. O vinho da casa está disponível a partir de 2,5€ o copo. Quem quiser sangria, tem duas opções: a de morangos ou a de pepino e lima (15€/litro).

Carregue na galeria para espreitar o que pode provar na Fonte da Pipa — Pregaria e Companhia.

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