Restaurantes

A nova tasca do Maria Peixeira tem petiscos tradicionais e “receitas de família”

Ali não há fusão, música internacional, nem excessos. Só pratos tipicamente portugueses, com um twist — claro.
Já está aberto.

O desejo era antigo e, agora, materializou-se. A Maria Peixeira Restaurantes anunciou a abertura do seu terceiro espaço: o L-Tasca. Desta vez, o peixe e o marisco ficaram em segundo plano — que é como quem diz, com um conceito novo.

“Queremos fazer uma reinterpretação das melhores tascas portuguesas, mas com o twist particular da marca, claro. A abertura de novas casas com outras vertentes, mas mantendo sempre a matriz da primeira era algo que tínhamos em mente há algum tempo. E fazia sentido fazê-lo aqui, nesta envolvência mais descontraída, mas tipicamente tradicional”, começa por dizer à NiT Filipe Lopes, o dono.

No número 5 da Rua do Alecrim, no Cais do Sodré, pode comer amêijoas à Bulhão Pato (14€), pica-pau (13€), ovos rotos (12€) — e não só. “Com o novo conceito, temos a oportunidade de servir um público misto, que é o que queremos. Podemos ter clientes que trabalham aqui perto e que procuram, ao almoço, um menu a um preço acessível (13€), como quem quer descontrair ao final do dia e picar alguns petiscos.”

A localização foi escolhida precisamente com os dois tipos de visitantes em mente. “Queríamos um espaço numa zona de Lisboa, mas que fosse ponto de passagem para esta combinação de clientes que procurávamos. Depois, temos a mais-valia de ser uma área turística.”

Já o processo de seleção do nome, seguiu uma lógica foi diferente. “Maria Peixeira é uma homenagem às Marias, às mães e avós, porque remetem para o passado e para comida de conforto feita com carinho”, continua. O chef nasceu no seio de uma família ligada à restauração e era apenas um miúdo quando decidiu que iria seguir o mesmo rumo. Em março de 2019, abriu o Maria Peixeira, Avenidas Novas. Em 2022, seguiu-se um segundo restaurante com o mesmo nome, nas Colinas do Cruzeiro.

O L-Tasca abriu a 9 de maio e já há pratos que se destacam. O camarão à guilho e malagueta (8,50€) é um deles, assim como as ostras da ria Formosa (7,50€), e a punheta de bacalhau (7,50€).

“Nos principais, poucos têm chegado aos calcanhares do bacalhau à Brás (13€), da cataplana de marisco (65€ para duas pessoas), do bitoque do lombo com molho de cerveja preta (19€) e das bochechas de porco ibérico (14€)”, revela Filipe.

Já as sobremesas “são poucas, mas boas”. A bestseller é “a mousse de chocolate negro 70 por cento, servida com flor de sal e uma redução de ginja, que tem deixado as pessoas a salivar enquanto comem”.

A lista inclui ainda duas propostas cheias de história. “Temos o doce da Maria (4,75€) — um flan de leite condensado, cozido ao mesmo tempo que um bolo de cenoura bastante húmido que leva caramelo salgado e amêndoa — e o leite-creme da avó (5,50€), uma receita da minha mãe.”

Filipe está à frente da cozinha do L-Tasca, mas o objetivo é repartir o tempo entre os três restaurantes. “Também veio um chef de cada restaurante. Ainda estamos a formar a equipa. A ideia é depois passar uma ou duas vezes por semana em cada localização”, explica.

E se tivesse dúvidas, o empreendedor esclarece: “Não temos esplanada. Pode ser considerado um problema para muitos, mas não para nós. Aliás, vemos isso como uma mais-valia, porque conseguimos proteger os clientes do barulho externo, da paisagem, além de dar mais conforto, segurança e uma refeição mais pausada.”

É precisamente isso que fundador quer: criar um ambiente descontraído, simples e de partilha — “mas com a qualidade de serviço e dos produtos de sempre”. A decoração também foi pensada segundo o mesmo conceito. “Temos uma máquina de escrever de mil novecentos e antigamente, com as receitas escritas penduradas à volta dela, mesas só em madeira, ardósias. No fundo, é uma decoração muito sóbria e acolhedora. Sem excessos, obviamente, porque não era isso que se pretendia aqui.”

Independentemente do lugar que escolher — dos 42 disponíveis da sala —, ou daquilo que comer, uma coisa é certa: a música que vai ouvir será sempre nacional. “Ao almoço pomos sons mais populares e à noite viramos completamente para o fado e para os artistas de renome”, explica o chef.

A seguir, carregue na galeria para conhecer o L-Tasca e os petiscos que pode pedir.

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FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    R. do Alecrim 5
    1200-019 Lisboa
  • HORÁRIO
  • Segunda a domingo das 12h às 15h30 e das 19h às 23h30
PREÇO MÉDIO
Entre 20€ e 30€
TIPO DE COMIDA
Petiscos

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