As memórias mais vívidas que Han Chen tem da infância são os dias que passava com os tios e avós, enquanto os ajudava nos restaurantes chineses que geriam. Já adulto afastou-se do negócio familiar e dedicou-se a outros projetos. Teve um centro de massagens e trabalhou como consultor imobiliário. Foi nessa altura que o gosto pelo mundo da restauração que tinha quando era pequeno voltou a entrar na sua vida.
“Na altura da Covid-19, uns clientes meus eram proprietários do edifício onde me instalei e não se estavam a safar. Estava fechado e num estado degradado, e assim, também era difícil ser arrendado”, conta Han Chen à NiT. O seu trabalho no mercado imobiliário também estava a atravessar por uma fase difícil, porque colaborava principalmente com asiáticos. Devido à pandemia, eles não podiam vir para Portugal e vice-versa. “Fez sentido mudar e iniciar as obras. O espaço já estava muito preparado para ser um restaurante”, afirma. Foi assim que nasceu o Haru, cujo nome significa primavera em japonês. Abriu portas a 15 de julho, na Costa da Caparica — mesmo ao pé da praia.
Cresceu em estabelecimentos de comida chinesa, mas apostou na gastronomia japonesa. Ambas são bastante semelhantes, mas têm várias diferenças que as tornam únicas. “Diferenciam-se nos detalhes. Os sabores japoneses são mais simples e, ao mesmo tempo, muito mais detalhados”, explica.
Além disso, foi uma questão de gosto pessoal. Desde pequeno que é apaixonado pela cultura do Japão, graças aos fenómenos mais populares do país, como os animes e as mangas (um tipo de banda desenhada). Também é fã do conceito de street food japonês, que envolve petiscar enquanto se passeia pelas ruas das cidades iluminadas por néones. “Quis trazer um pouco disso para Portugal”, realça. Após dois anos de trabalho, conseguiu realizar este desejo.
A decoração interior inclui detalhes como o desenho de uma figura asiática, além das portas tradicionais. Han descreve a decoração como “minimalista” e “industrial”. O espaço também tem uma piscina, mas por enquanto ainda não está pronta a receber os clientes, algo que o dono pretende mudar em breve.
O menu foi feito com a ajuda de um chef que conhece bem a cozinha japonesa. Com a colaboração de Han Chen, criaram uma ementa que tem conquistado todos aqueles que têm passado pela Costa da Caparica. São coisas fáceis de comer e pouco complexas, tal como é típico no Japão. Servem sopa de Miso (3€), usuzukuri de lírio — fatias finas de peixe lírio com azeite de cebola doce e ponzu, (12€)—, crepes de vegetais (4,5€ por sete unidades), espetadas, que podem ser de frango (6€), camarão (8€), salmão (8€) ou cogumelos, cebola e tomate cherry panado (6€), entre várias outras opções. Claro que existem vários combinados disponíveis onde pode provar várias peças diferentes, cujos preços variam entre os 15,5€ e os 42€.
As propostas mais pedidas pelos clientes são as sandes japonesas com um panado de frango, repolho e maionese caseira (8€) e os baos de caranguejo (13€), vegetais (7€) ou frango (9€). Em breve, o menu irá vai inclui também baos de porco e tártaro de atum aromatizado com negi (11,5€). “No próximo mês quero adicionar os ramens”, avança.
O Haru está neste momento em soft opening e ainda não fez a inauguração oficial. Esta irá acontecer daqui a um mês, no dia 22 de outubro com uma iniciativa especial. Os clientes serão recebidos por welcome drinks e todo o menu terá 20 por cento de desconto.
Carregue na galeria para descobrir o novo espaço de street food japonesa na Costa da Caparica.