Salas a meia luz, música e comida do mundo. O novo restaurante de Lisboa, que abriu a 12 de junho, apresenta-se como um “vício, mas dos bons”. O Addiction apresenta proposta diferente: street food e brunch all day, acompanhado com DJ sets ao fim de semana.
Assim que se entra na Rua Rodrigues Sampaio, o impacto é imediato. Num ambiente onde reina a sofisticação e os tons sóbrios, destaca-se o Dionísio pintado em grafitti pela dupla de artistas espanhóis PichiAvo. “O deus grego da festa e do vinho é o sinal de boas-vindas para o ambiente que queríamos criar”, contam Yasmine Van-Dúnem (32 anos) e Ricardo Manita (37), à NiT.
Depois da experiência que tiveram com o primeiro restaurante, o Rua, queriam algo diferente. “Fechámos o antigo espaço há dois ano e já com a ideia de abrir o Addiction, mas os atrasos só permitiram que se concretizasse agora”, adianta a gestora financeira.
O objetivo era levar o conceito baseado em “street food do mundo” para um local mais amplo. “Após termos vivido em diferentes países como Angola, Brasil, Reino Unido e Portugal e de termos somado tantos outros destinos em viagens, sentíamos que este era o ramo que podíamos explorar. O primeiro correu bem e decidimos apostar novamente, mas com a vontade, de como sugere o nome, de deixar os clientes viciados em experiências incríveis”, explica.
O Addiction apresenta duas áreas distintas. No salão principal, ou art room, encontra-se a cabine de DJ, os graffitis e algumas mesas para almoçar ou jantar. O segundo espaço, é um pátio amplo, com luz natural e inspiração marroquina — que os levou a apostar numa oferta que não tinham equacionado no Rua: o brunch.
A lista de sugestões inclui ovos Benedict especiais, feitos com molho béarnaise, como o Benedict Addiction (18€), com lagosta, manteiga noisette, ikura, cebolo e pão brioche. Já as panquecas e waffles apresentam coberturas tradicionais, como chocolate ou morangos, mas há também toppings pouco usuais, como a fried chicken e sweet chilli (16€), com coxa de frango frita desossada.
O menu de street food, servido durante todo o dia, apresenta propostas como ostras; pratos frios — Aguachile (16€), peixe-branco fatiado com aguachile, camarão braseado, pepino, cebola roxa, abacate e coentros; pratos quentes, incluindo o Katsu Sando (14 €), com coxa de frango frita desossada, maionese de kimchi, molho de ostra, couve ripada e pão shokupan. Também inclui várias sugestões robata, um método de cozimento, semelhante ao churrasco, de onde saem o Halloumi (10€), Yakitori (14€) e Kushiyaki (10€), uma espetada de vegetais da estação, molho tarê, emulsão de sésamo e alho frito.
Entre as sobremesas destacam-se a rabanada de bolo de milho (9€), em creme de fava tonka, e gelado de miso com pipocas caramelizadas com pimenta sichuan. “É sempre a mais pedida”, revelam. A tarte Basca e a mousse de pêra são outras das sugestões doces. “Quisemos pegar em muitos pratos que já eram um sucesso no outro espaço e reinventá-los.”
Com a ajuda dos chefs João Mealha e Maurício Varela, que ajudaram a criar o menu, conseguiram chegar ao conceito que ambicionavam: um espaço onde as várias culturas do mundo se fundem em pratos simples, ou mais compostos.
Os rolling in the spring (12€), rolinhos de arroz com manga, vegetais, salmão curado, compota de malagueta, creme de miso e amendoins; a barriga (12€), porco a baixa temperatura, maçã verde e molho hoisin, ou as angry fried chicken (12€), asas de frango coreanas e kimchi caseiro são apenas alguns exemplos.
A carta das bebidas partiu da mesma premissa, mas foi integralmente pensada por Ricardo, que está encarregue de tudo o que sai do bar. “Fizemos uma releitura dos clássicos com o Luxury Mojito (15€), que leva rum, flor de sabugueiro, morango, hortelã, champagne; o Addiction (14€), com vodka Belvedere, malagueta, limão, framboesa ou o Lychee Temptation (11€), com gin jinzu, limão, chá-verde e líchias.”
O espaço tem ainda uma zona privada, onde fica a casa de banho, que tem deixado os clientes intrigados. “Temos sofás, espelhos dourados e um ambiente muito escuro e cativante que tem tido um ótimo feedback.”
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