Atualmente, as impressoras 3D são capazes de produzir (quase) tudo, desde objetos personalizáveis, como próteses, a casas prontas a habitar. Agora, esta tecnologia começa também a ser usada para produzir alternativas vegan à carne e a peixe.
A mais recente criação da Revo Foods — empresa austríaca pioneira neste segmento — promete agradar aos fanáticos por salmão. Chama-se The Filet (ou seja, filete, em português) e é feito com proteína de cogumelo. Visualmente, assemelha-se a uma posta do famoso peixe rosado, com as famosas listas esbranquiçadas e, tal como o original, este substituto é rico em proteínas e ómega-3.
A empresa sublinha que, apesar da “textura específica do salmão ser bastante complexa”, foram escolhidas matérias-primas de origem vegetal que permitissem reproduzir a experiência sensorial do peixe. A lista de ingredientes inclui também proteína de soja e óleo da microalga Schizochytrium sp., sendo uma alternativa de “elevado valor nutricional sem contribuir para a degradação do ecossistema marinho”.
Cada embalagem custa 6,99€ e pode comprá-las no site da empresa. No que diz respeito aos valores nutricionais, cada “posta de salmão vegan” de 130 gramas contém 173 calorias, 15,5 gramas de gordura, 4,9 de fibra e 9,5 de proteína. (niacina, ácido fólico, vitamina B6, vitamina B12, vitamina E),
Esta inovação resultou de uma colaboração da empresa com a startup sueca Mycorena. Desenvolveram assim um ingrediente chamado “Promyc” que permite imprimir em 3D vários alimentos.
Com a crescente preocupação com as alterações climáticas, a diminuição do consumo de produtos de origem animal tem se tornado tendência. Entre 2007 e 2017, o número de vegetarianos quadruplicou, sendo que, em 2019, nove por cento dos portugueses já tinha uma alimentação à base de plantas, entre veganos, vegetarianos e flexitarianos (pessoas que consomem ocasionalmente carne e outros produtos de origem animal).