A fachada do Hotel Hotel não denuncia o oásis que se esconde no interior de um dos mais recentes boutique hotéis de Lisboa. Os 40 quartos divididos entre quatro pisos já recebem hóspedes desde o final de 2021. O restaurante, o Animal, só abriu oficialmente no início de julho. Fica logo a seguir à zona de bar, conta com lugares no interior e também na esplanada, uma verdadeira selva urbana na cidade.
A área repleta de plantas conta com uma piscina — exclusiva para clientes do hotel. Ainda assim, pode aproveitar para fazer uma refeição com as várias propostas saudáveis inspiradas em cozinhas de todo o mundo.
“É uma cozinha world wide, que bebe influências em várias gastronomias. É um conceito de healthy food onde não usamos óleo, nem fritos, e feito sempre com produtos frescos. E focado em quatro pilares: fogo, cru, animal e vegetal”, explica à NiT João Pedro Camacho, o gestor do restaurante do Hotel Hotel.
O espaço sempre fez parte dos planos dos responsáveis, mas os atrasos provocados pela pandemia fizeram com que a inauguração fosse adiada. Por isso, o Animal, não abriu logo no final de 2021 em simultâneo com o hotel. Ao longo dos últimos meses foram feitos alguns testes para afinar a ementa.
“Foi criado um menu só com cinco ou seis sugestões que íamos alternando. Servimos a alguns hóspedes para começarmos a delinear a carta para quando o restaurante estivesse operacional.” A zona exterior tem sido bastante procurada, especialmente aos almoços. Ainda assim, também vale a pena ficar no interior, num dos lugares do sofá corrido, com vista para a cozinha e rodeado de arte.
“O nosso ADN é sermos artísticos e selvagens. Todo o hotel, e o restaurante incluído, tem várias obras de artistas convidados, como Wasted Rita, Andre da Loba e Akacorleone.” A Undergods foi também convidada a fazer uma curadoria neste espaço. Já as fardas dos empregados do Animal acabaram por ser criadas pela designer Alexandra Moura.
Carlos Soares, 51 anos, é o chef responsável pelo menu. Já passou por projetos como o Michelin Vila Joya e a Tartaria. A carta não é muito extensa, mas conta com sugestões que agradam a todos. À mesa, num dos 80 lugares que compõem o espaço, consegue juntar o amigo vegan, aquele que adora sushi, o que é louco por carne e o prefere um bom peixe.
Pode começar com uma burrata com texturas de beterraba (16€), o ceviche com maracujá e abacate (20€), o tártaro de atum e molho ponzu (23€), ou um bife tártaro (17€). A refeição continua com o entrecôte (35€), o risotto de lima e carabineiro (36€) ou o T-Bone com esmagada de batata (80€, para duas pessoas).
A estes pratos é possível juntar um acompanhamento, como o arroz asiático (7€) ou os legumes grelhados com soja e mel (7€). Aos almoços e jantares junta-se ainda um menu criado pelo chef japonês Saito Kosuke. Usa peixes nacionais, como o carapau, a dourada, a sardinha ou o choco.
Do Japão chegou também a chef pasteleira Kozue Morimoto que cria verdadeiras obras de arte que lhe chegam à mesa. De certeza que terá pena de as comer — antes, não se esqueça é de tirar uma foto para as redes sociais.
Tem, por exemplo, o semifrio de maracujá e coco (8€) ou a panna cotta de morango e baunilha (6€). Além do menu de almoços e jantares, existe uma carta com algumas propostas que pode pedir no Animal a meio da manhã e da tarde. É no restaurante que também são servidos os pequenos-almoços do Hotel Hotel — que também estão disponíveis para quem não se encontra hospedado.
É um hotel virado para o exterior. Além ao Animal, que está aberto a todos, no piso inferior existe um estúdio de tatuagens e outro de ioga. Também pode aproveitar a zona de esplanada para beber um cocktail de assinatura ou um dos clássicos. A área junto à piscina pode vir a receber algumas noites temáticas, uma ideia que ainda está a ser testada para perceberem se poderá ser mais regular.
Carregue na galeria para ficar a conhecer melhor o novo Animal.