LET'S ROCKBruno Marcelino já viajou e trabalhou um pouco por todo o mundo. Provou especialidades de muitos países, mas nenhuma o marcou tanto como as focaccias italianas. Este Natal trouxe-lhe, finalmente, o sonho de abrir um espaço dedicado ao pão transalpino.
A Focacceria abriu as portas a 29 de dezembro, em Belém, na capital, e apresenta-se como um espaço de comida rápida e saborosa, para comer relaxado ou em andamento. E para servir como mais uma experiência lisboeta — semelhante àquelas que Bruno procurava nas suas inúmeras viagens.
Há duas décadas que entrou para o mundo da cozinha, que o levou a todo o lado, até aos locais mais improváveis. No topo da lista estão vários os hotéis instalados em plataformas de exploração petrolífera reconvertidas — que ajudou a gerir.
“É um sistema rotativo, onde trabalhamos 28 dias seguidos e depois podemos folgar outros 28 dias. Andei assim durante mais de três anos”, conta à NiT. Pelo meio, foi acumulando outras experiências, de uma passagem por um restaurante português em Newark (nos EUA), a estadias em países como Singapura ou Guiana.
Seja em trabalho ou lazer, a comida está quase sempre em primeiro plano. “Quando decido viajar, o plano passa sempre pela comida. É sempre um grande parte do percurso. E eu sempre tive uma paixão pela cozinha italiana”, conta. Aliás, foi um antigo ajudante de cozinha francês, que também era padeiro, que lhe ensinou a arte de fazer focaccias. Nunca mais lhe saiu da cabeça.
Volvida mais de uma década, readaptou a receita e decidiu investir num projeto próprio, todo ele assente nas sandes feitas com aquele pãp achatado — e com produtos verdadeiramente italianos. “Queria que fosse aquele conceito de focaccia pura e dura, em sandes”, explica. O projeto chegou a estar imaginado para Évora, mas acabou por se decidir por uma loja em Belém. Era o momento de “largar a vida do mar”.
“A nossa focaccia usa aquela velha receita que me passaram, mas mais aperfeiçoada”, explica. Com a receita ideal na mão, acabou por delegar a produção a uma padaria, embora as fornadas sejam feitas no local, de hora a hora. “Queremos que seja o mais fresca possível.”
Igualmente importante são os recheios, assentes na rica charcutaria italiana, do presunto ao speck. Os queijos também não foram esquecidos, entre o Taleggio e o Gorgonzola. Um lote alargado de produtos que permitem incluir na ementa uma opção de tábua que inclui um pouco de tudo. A Tábua Alucinada (12€ para duas pessoas; 18€ para quatro) serve presunto de Parma, pancetta, speck, mortadela, ventricina, spianata, coppa e creme de Gorgonzola. Sem esquecer, claro, uma cesta de focaccia.
É a partir desta matéria-prima que se constroem as 11 sandes de focaccia do menu. A bestseller é a Louca (8,50€) e combina pancetta, creme de Gorgonzola, cebola confitada e pistácio; mas a persegui-la de perto está a Doida (12€) com speck, creme trufado, cogumelos, burrata e azeite de trufa.
Pode também provar a Choné (9€) com presunto, Taleggio, rúcula e pesto de tomate, a Destrambelhada (8€) com creme de Parmesão, creme de pistácio, beringela e pistácios ou a Tresloucada (9,50€) com mortadela, creme de pistácio e Stracciatella. E caso queira terminar com um doce, pode optar entre três receitas: o arroz-doce (2€), o cheesecake com requeijão e doce de abóbora (3€) e a mousse de chocolate (2,20€).
Tudo feito de forma rápida e fresca, para comer e andar. Caso esteja com pouca vontade de mastigar em andamento, pode aproveitar um dos doze lugares disponíveis no espaço.
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